Páginas

sexta-feira, 23 de setembro de 2011

Pluralidade das Existências

Em tempo, durante alguns estudos realizados, lendo um artigo aqui e outro ali, assistente em reuniões, e como ouvinte atencioso, cheguei a um consciente cuidadoso nas inumeráveis perguntas que amigos fazem questão em abordar. Uns de facto querendo entender e progredir em conhecimento naquilo que lhes flora a alma, outros em busca de respostas, mais como alento consolador, para os traumas que sofrem.

É impossível chegar a perfeição moral e intelectual sem continuidade de disciplina.
Como seres humanos, buscando o “ Equilíbrio em perfeição”, a máxima do bem viver, temos que procurar observar cada vicissitude da vida atual por janelas claras e abertas aos olhos da lógica. A pluralidade das existências trás uma forma racional e justa de entendimento por aquilo que de facto existe. Sem ela, fica impossível de atribuir justiça e bondade a Deus, o que seria no mínimo loucura.
Hoje vivemos em lutas desvairadas entre conceitos e formas, classes e suas vértices, entre tantas outras chagas que nos afligem, enfim.

Inteligência humana sem desenvolvimento sentimental, porque nesse desequilíbrio do sentimento e da razão é que repousa atualmente a nossa realidade no mundo. O nosso grande erro é entronizar apenas a inteligência, olvidando os valores legítimos do coração nos caminhos da vida.

Isso lembra-me uma passagem do mestre Jesus: Dai a César o que é de César, dai a Deus o que é de Deus.

Jó afirmou que veio nu e retornaria nu à pátria espiritual: "Então Jó se levantou, rasgou o seu manto, rapou a sua cabeça e, lançando-se em terra, adorou; e disse: Nu saí do ventre de minha mãe, e nu tornarei para lá. O Senhor deu, e o Senhor tirou; bendito seja o nome do Senhor.” (Jó , Cap. I, 20-21)

“Tu nem as ouviste, nem as conheceste, nem tampouco há muito foi aberto o teu ouvido; porque eu sabia que procedeste muito perfidamente, e que eras chamado transgressor desde o ventre.” (Isaías, Cap. 48, 8)

De duas uma: ou a morte é uma destruição absoluta, ou é passagem da alma para outro lugar Se tudo tem de extinguir-se, a morte será como uma dessas raras noites que passamos sem sonho de nós mesmos. Todavia, se a morte é apenas uma mudança de morada, a passagem para o lugar onde os mortos se têm de reunir, que felicidade a de encontrarmos lá aqueles a quem conhecemos! O meu maior prazer seria examinar de perto os habitantes dessa outra morada e distinguir lá, como aqui , os que são dignos dos que se julgam tais e não são. Mas é tempo de nos separarmos, eu para morrer, vós para viverdes. (Sócrates ao seus juízes.),

Nem o futuro nem o presente existem. Nem se pode dizer que o tempos são três: passado, presente e futuro. Talvez fosse melhor dizer que os tempos são: o presente do passado; o presente do presente ;o presente do futuro.
E estes estão na alma; não os vejo alhures .O presente do passado é a memória, o presente do presente é a percepção, o presente do futuro é a expectativa “
. (Agostinho de Hipona)


Os textos acima, e suas expressões literárias, mostram que o despertar de conhecimentos e ideias se da através de uma sucessão de conhecimentos adquiridos, é quando conseguimos reviver aprendizados, e contribuir para o adiantamento, Tanto nosso quanto dos que nos rodeiam.
Nestes breves, encontramos uma definição lógica do que representa, o património íntimo, do que representa o acervo intelectual, este é a soma de muitas experiências em vidas antecedentes do ser no plano material. Uma inteligência profunda significa uma constante de trabalhos regeneradores.
Atingida essa posição, se o homem guarda consigo uma expressão idêntica de progresso espiritual ( Moral ), pelo sentimento, então estará apto a novas esferas.

“O véu, cai a medida que depuramo-nos “.

Presente do passado = Descortinar dos conhecimentos adquiridos.
Presente do presente = Aprendizagem continuada ( lei de progresso ).
Presente do futuro = Fé no porvir. Maturidade Moral. Mundo regenerador. (“A expectativa traduz o incrédulo”).

A humanidade progride através dos indivíduos que se melhoram pouco a pouco e se esclarecem; quando estes se tornam numerosos, tomam a dianteira e arrastam os outros. de tempos em tempos surgem os homens de génio, que lhes dão um impulso; e depois, homens investidos de autoridade, instrumentos de Deus, que em alguns anos fazem avançar de muitos séculos.
Os homens, com suas “grandes descobertas“ , contribuíram com seu conhecimento, para o adiantamento da ciência e suas vertentes. Foi, através do amadurecimento intelectual que ele conseguiu estabelecer ordem em alguns fatores que encontravam-se, digamos que desordenados. precisando de definições mais lógicas, levando a estudo tudo que lhe fosse percebido como novo, a tudo que encontrara. Nada mas era do que o despertar do que aprendeu com a pluralidade das existências.

“Ajuizado serás, não supondo que sabes o que ignoras”
(Sócrates)

Isso vai com vistas aos que criticam aquilo que desconhecem até mesmo os primeiros termos. Platão completa esse pensamento de Sócrates, dizendo: “Tentemos primeiro, torná-los, se for possível, mais honestos nas palavras; se não o forem, não nos preocupemos com eles e não procuremos senão a verdade. Cuidemos de instrui-nos, mas não nos injuriemos.” É assim que devemos proceder com relação aos contraditores de “boa ou má-fé.”
Revivesse hoje Platão e acharia as coisas quase como no seu tempo ou pior, pois já temos uma capacidade intelectual mais aguçada, mas ele poderia usar da mesma linguagem.
Também Sócrates toparia hoje com criaturas que zombariam de sua crença e o qualificariam de louco, assim como ao seu discípulo Platão.
Foi por haver professado esses princípios que Sócrates se viu ridiculizado, depois acusado de impiedade e condenado a beber cicuta. Tão certo é que, levantando contra si os interesses e os preconceitos que elas ferem, as grandes verdades não se podem firmar sem luta e sem fazer mártires.

Emmanuel esclarece: É no património íntimo que a alma registra as suas experiências, no aprendizado das lutas da vida, acerca das quais guardará sempre uma lembrança inata nos trabalhos purificadores do porvir.

Somente sabemos que todos nós, indistintamente, possuímos germens de santidade e de virtude, que podemos desenvolver ao infinito.
Podendo conhecer a causa de alguns dos fenômenos do nosso mundo de formas, não conhecemos o mundo causal dos efeitos que nos cercam, os quais constituem para nós matéria imponderável em sua substância.
Se para o nosso olhar existem seres invisíveis, também para o deles existem, em modalidade de vida que ainda estudam em seus primórdios, porquanto os planos da evolução se caracterizam pela sua multiplicidade dentro do infinito.
Aqui reconheço quão sublime é a lei de liberdade das consciências, e dessa emancipação provém a necessidade do aprendizado.
O Progresso é isolado nos seres. As ciências, a virtude, a inteligência não constituem patrimônios eventuais do homem, conforme podemos observar; semelhantes atributos só se revelam, nos organismos dos gênios, os quais representam a súmula de extraordinários esforços individuais, em existências plurais de sacrifícios, abnegação e trabalho constantes. Todos nós portanto, laboramos insuladamente, na aquisição dessas prerrogativas, de acordo com as vocações naturais, dentro das lutas na vida.
Paulatinamente, vencemos imperfeições, aparamos arestas, aniquilamos defeitos em nossas almas, norteando-a para o progresso, último objetivo de todas as nossas cogitações comuns.

Ao final deste estudo, não consigo ainda imaginar quem ainda não consegue compreender, sejam pelos fatos lógicos que ela encerra, seja pelas próprias escrituras que a confirmam. Basta analisarmos racionalmente nossas tendências boas ou más para termos uma ideia de quem somos. Ainda podemos ver em que áreas temos facilidade de aprendizado, confirmando que já conhecíamos o assunto.
E ainda hoje, somente não acreditarão aqueles que ainda se encontram em ignorância espiritual ou aqueles que não aceitam a tese da pluralidade das existência por interesse pessoal ou dogmático, preconceito, medo.

Termino com as palavras de Jesus que soam alto aos nossos corações e que provam a o estudo: “E, se o quereis reconhecer, ele(João Batista) mesmo é Elias, que estava para vir. Quem tem ouvidos para ouvir, ouça.”
Eu acrescento leiam e estudem. Disciplina! Mas, não deixemos de viver as dádivas da vida.

sexta-feira, 16 de setembro de 2011

ENQUANTO TEMOS TEMPO

Enquanto lamentamos que a vida é curta, agimos como se tivéssemos à nossa disposição um stock inesgotável de tempo.
Esperamos demais para dizer as palavras de perdão que devem ser ditas, para por de lado os rancores que devem ser expulsos, para expressar gratidão, para dar ânimo, para oferecer consolo.
Esperamos demais para ser generosos, deixando que a demora diminua a alegria de dar espontaneamente.
Esperamos demais para ser pais de nossos filhos pequenos, esquecendo como curto é o tempo em que eles são pequenos, como depressa à vida os faz crescer e ir embora.
Esperamos demais para dar carinho aos nossos pais, irmãos e amigos. Quem sabe se logo não será tarde demais? que estão esperando para alargar nossa mente, enriquecer nosso espírito e expandir nossa alma.
Esperamos demais para ler os livros, ouvir as músicas, ver os quadros
Esperamos demais para enunciar as preces que estão esperando para atravessar nossos lábios, para executar as tarefas que estão esperando para serem cumpridas, para demonstrar o amor que talvez não seja necessário amanhã.
Esperamos demais nos bastidores, quando a vida tem um papel para desempenhar no palco.
Deus também está esperando.
Esperando nós pararmos de esperar.
Esperando nós começarmos a fazer agora tudo aquilo para a qual este dia e esta vida nos foram dados.
Meus amigos: É hora de viver!

(Henry Sobel)

quinta-feira, 15 de setembro de 2011

A FABULA DO CAVALO E O PORCO.

Um fazendeiro colecionava cavalos e só faltava uma determinada raça. Um dia ele descobriu que seu vizinho tinha este determinado cavalo. Assim, ele atazanou seu vizinho até conseguir comprá-lo. Um mês depois o cavalo adoeceu, e ele chamou o veterinário que disse:
- Bem, seu cavalo está com uma virose, é preciso tomar este medicamento durante três dias. No 3º dia eu retornarei e caso ele não esteja melhor será necessário sacrificá-lo.
Neste momento, o porco escutava a conversa.
No dia seguinte, deram o medicamento e foram embora. O porco se aproximou do cavalo e disse:
-Força amigo, levanta daí senão será sacrificado!!!.
No segundo dia, deram o medicamento e foram embora. O porco se aproximou novamente e disse:
- Vamos lá amigão, levanta senão você vai morrer! Vamos lá, eu te ajudo a levantar.

Upa! Um, dois, três...
No terceiro dia, deram o medicamento e o veterinário disse:
- Infelizmente vamos ter que sacrificá-lo amanhã, pois a virose pode contaminar os outros cavalos.
Quando foram embora, o porco se aproximou do cavalo e disse:
- Cara, é agora ou nunca! Levanta logo, upa! Coragem! Vamos, vamos! Upa! Upa! Isso, devagar! Ótimo, vamos, um, dois, três, legal, legal, agora mais depressa, vai....fantástico! Corre, corre mais! Upa! Upa! Upa! Você venceu campeão!!!.
Então, de repente o dono chegou, viu o cavalo correndo no campo e gritou:
- Milagre!!! O cavalo melhorou, isso merece uma festa!Vamos matar o porco!.

Pontos de Reflexão: Isso acontece com freqüência no ambiente de trabalho. Ninguém percebe qual é o funcionário que realmente tem mérito pelo sucesso, ou que está dando o suporte para que as coisas aconteçam.

SABER VIVER SEM SER RECONHECIDO É UMA ARTE !

Se algum dia alguém lhe disser que seu trabalho não é o de um profissional, lembre-se: amadores construíram a Arca de Noé e profissionais o Titanic.

PROCURE SER UMA PESSOA DE VALOR, AO INVÉS DE UMA PESSOA DE SUCESSO!

Fragmentos

Não será lícito ignorar o serviço prestado por uma grande quantidade de elementos que, mesmo não sendo percebidos ou considerados, porque pequenos ou ocultos, tornam-se sustentáculos ou suportes de realizações que se revestem de importância, sem que ninguém se dê conta do que lhes está por detrás, aprumando o seu desempenho feliz.
Não olvidemos, todavia, a participação oculta de mãos amigas e vozes atenciosas, de sorrisos fraternais ou de látegos sibilantes, de guardiães invisíveis e do suporte familiar, da saúde débil ou da robustez física, da carência geral ou da facilidade económica, e tantos outros participantes pouco notados, que contribuem e instigam o indivíduo para atingir segurança através dos seus caminhos.

quarta-feira, 14 de setembro de 2011

Umabrevevisão

Para quem da vida apenas vê o lado material, a sofreguidão pela conquista dos bens terrenos e a inquietação ante os problemas constituem razões prioritárias.
Colocando na morte o termo da vida, todas as cogitações transitam no círculo estreito dos interesses imediatos, sem encontrar motivação para mais amplos e audaciosos voos do pensamento.
Em decorrência, os interesses giram no estreito espaço das paixões dissolventes e inquietantes.
Todas são questões de efémera duração, pela própria conjuntura em que se situam.
A dor, os problemas, em tais casos se apresentam como desgraças.
Os caprichos não atendidos e os desejos não supridos tornam-se razão de desdita e loucura.
É muito diminuta a visão da vida sob a colocação da realidade corporal.
Quando o homem considera a vida uma oportunidade valiosa de crescimento moral e de conquista dos valores eternos, bem diversas são as colocações filosóficas em que se movimenta.
Os sofrimentos adquirem um significado próprio dos quais retira valiosos recursos de paz e temperança para uma vivência útil.
O fardo dos problemas se dilui ante uma atitude correcta de considerar as dificuldades e sublevá-las, solucionando cada uma conforme esta se apresente.
Advém, então, um natural desapego aos bens físicos, por entender quão transitória é a posse e como varia de mãos em breve tempo...
Um sentimento de solidariedade espontânea toma corpo nas atitudes, propiciando alegria de servir e, ao mesmo tempo, dilatando os objetivos do existir.
Evite impressionares-te em excesso com as posições breves da pobreza e da fortuna, da saúde e da enfermidade, da juventude e da velhice...
Considera a vida sob o ponto de vista global - no corpo e fora dele -, assim adquirindo harmonia íntima e real visão das suas finalidades.

Atribui a cada facto, acontecimento, questão, o valor que realmente mereça, tendo em vista a curta duração do corpo e a destinação do Espírito.
Descobrirás, então, como agir e superar os limites, seguindo, tranquilo, na direção do destino ideal.
Muita Paz a Todos.
Ilídio Lima, por 'Douta Ignorância'.

domingo, 11 de setembro de 2011

domingo, 11 de setembro de 2011


Sociedade Solidária

Sociedade solidária - (Fragmentos)


Há muito que o processo de modernização da sociedade transformou a experiência coletiva em espaço do "interesse económico", da "luta pela sobrevivência", da "Cultura de consumo", da "incontrolável corrida tecnológica" e da "disputa por poder político, ideológico e social". Este lugar exótico de "convívio social", também chamado de "megalópoles ou grandes centros urbanos", esta "Arca de Noé globalizada" parece ter integrado ao seu mundo pessoas, trabalho, capital, objetos de consumo, tecnologias, desigualdades económicas, sem no entanto, preocupar-se em incluir neste espaço de relações humanas as normas da solidariedade e da fraternidade.
Este vácuo de solidariedade, no dia-a-dia dos grandes centros urbanos, pode ser identificado facilmente na intolerância com as minorias étnicas, económicas e sexuais, na indiferença com os desassistidos na saúde e educação, na violência do trânsito, na fome e na miséria extrema, na apatia social com relação ao suicídio, a solidão e a dor emocional, que passam ignoradas.
Neste momento histórico, em que parece surgir efetivamente a "Sociedade mundial", deflagrada pela força do processo de globalização económica, tecnológica e étnica (sociedades-em-rede), um paradigma novo se apresenta: a certeza que os caminhos que levam a uma comunidade justa e saudável, passa pela formação da Sociedade solidária.
É a força de um movimento de solidariedade que assume as questões sociais a partir de valores éticos (não estratégico económico), tais como a valorização da vida, o amor, a cidadania e o espírito de respeito mútuo.