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quarta-feira, 29 de fevereiro de 2012

MINHA SENHORA

Encantadora de fato

Ela é elegante por natureza.

Ela é verso, prosa, poesia; alquimia por excelência.

Cheia de sujeitos, jamais casou, ela é jovem mulher, madura e instruída.

Ela viaja o mundo, é cheia de ideias, em cada porto deixa um amor, as vezes parece devassa, mas é senhora, Majestade e só tem à Deus, como seu senhor.

Ela, nunca perde o vigor de suas regras, quando impõe - se em verbo e muito menos na força de suas palavras.

É gostosa de ouvir, o quanto é tenro o seu cantar, com mais sentimentos no mundo não há. Cheia de predicados, é ardente só de pensar, é gostosa de ouvir, toda expressão por ela causada, deixa - me em êxtase.

Não conheço quem não queira tocar - lhe as linhas. Há os que embriagam - se só em ver, e quando cai na boca, seu sabor é o da delicia de seus beijos, é sobrenatural.

Eu particularmente, tenho pobreza de instrumentos, para inserir o que quer que seja, em tua maravilhosa existência. És única, independente do lado que estejas, sei que estas, na tua mais eclética autenticidade.

Ela é, a Língua Portuguesa.

E não há no mundo, outra qualquer, que seja mais do que esta é.



segunda-feira, 27 de fevereiro de 2012

Como nosso Lar

"O que eu vejo todos os dias, não enxergo, tão bem, quanto enxergo, o que me aparece invisível".

A constelação do Cocheiro é formada por um grupo de estrelas de várias grandezas, entre as quais se inclui Capela, de primeira grandeza, que, por isso mesmo, é a alfa da constelação.
Capela é uma estrela inúmeras vezes maior que o nosso Sol e, se este fosse colocado em seu lugar, mal seria percebido por nós, à vista desarmada.
Dista da Terra cerca de 45 anos-luz, distância esta que, em quilómetros, se representa de 4. 257 seguido de 11 zeros.
Na abóboda celeste Capela está situada no hemisfério boreal, limitada pelas constelações da Girafa, Perseu e Lince, e, quanto ao Zodíaco, sua posição é entre Gêmeos e Touro.
Conhecida desde a mais remota antiguidade, Capela é uma estrela gasosa, segundo afirma o célebre astrónomo e físico inglês Arthur Stanley Eddington (1822-1944), e de matéria tão fluídica que sua densidade pode ser confundida com a do ar que respiramos. Sua cor amarela, o que demonstra ser um Sol em plena juventude, e, como um Sol, deve ser habitada por uma humanidade bastante evoluída. (ver livro dos Espíritos, perg. 188)

Mapa celeste(parcial) com a localização da Capela,
 estrela α (De maior brilho) da constelação do Cocheiro.
A doutrina Espírita é, realmente, uma fonte de ensinamentos, não só no que respeita à imortalidade da alma e suas reencarnações periódicas; às condições de vida nos planos invisíveis, que apresenta com detalhes jamais revelados; ao conhecimento do Ego e das hierarquias espirituais; às sutilíssimas intercorrências cármicas; ao intercâmbio dos seres habitantes dos diferentes mundos e os processos mediante os quais se opera, como também ao complexo e infinito panorama da vida cósmica que, como uma imensa fonte, escachoa e turbilhona no eterno transformismo que caracteriza e obriga a evolução de seres e de coisas. Tudo isso, em verdade, pode ser também encontrado de forma mais ou menos clara ou velada, nos códigos religiosos ou nas filosofias que o homem vem criando ou adotando, no transcurso do tempo, como resultado de sua ânsia de saber e necessidade imperativa de sua alma, sedenta sempre de verdade.
Tudo tem sido revelado, gradativamente, em partes, pelo Mestre Divino ou pelos missionários que Ele tem enviado, de tempos a tempos, ao nosso orbe, para auxiliar o homem no seu esforço evolutivo, revelações essas que se dilataram enormemente e culminaram com os ensinamentos de Sua boca e a exemplificação de Sua vida, quando aqui desceu, pela última vez, neste mundo de misérias e maldades, para redimi-lo: - “Sobre os que habitavam a terra de sombra e de morte resplandeceu uma luz.”

Por outro lado, a ciência materialista estudando as células, comparando os tipos, escavando a terra e devassando os céus tem conseguido estabelecer uma série de conclusões inteligentes e justas, de seu ponto de vista, para explicar as coisas, compreender a vida e definir o homem. Porém, somente em nossos dias, pela palavra autorizada dos Espíritos do plano invisível, que vieram tornar realidade, no momento preciso, as promessas do Paracleto, é que, então, a revelação se alargou, com clareza e detalhes, à medida que nossos Espíritos, tardos ainda e imperfeitos, têm sido capazes de comportá-la.
Cumpre-se, assim, linha por linha, a misericordiosa promessa do Cristo, de nos orientar e esclarecer, quando disse: - “Eu rogarei ao Pai e ele vos dará outro Consolador, para que fique convosco para sempre: o Espírito de Verdade, que o mundo não pode receber porque não o vê nem o conhece, mas vós o conheceis porque habita convosco e estará em vós. (Jo, 14: 16-17)

- Ainda um pouco e o mundo não me verá mais, porém vós me vereis: porque eu vivo e vós vivereis. (Jo, 14:19)

- Não vos deixarei órfãos: voltarei para vós. – Ainda tenho muitas coisas para vos dizer, mas não as podeis suportar, agora. Porém, quando vier aquele Espírito de Verdade, ele vos ensinará todas as coisas e vos guiará em toda a verdade.” (Jo, 14: 18; 16: 12-13)

Sim, não nos deixaria órfãos e, realmente, não nos tem deixado. Já é grande e precioso o acervo que nos tem sido trazido, principalmente após o advento da Terceira Revelação pela mediunidade e, sobretudo, nos terrenos da moral e das revelações espirituais entre os mundos; porém, é necessário também que se diga que nesse outro sector, mais transcendente, dos conhecimentos cósmicos, um imenso horizonte ainda está escondido por detrás da cortina do “ainda é cedo” e, somente com o tempo e com ascensão na escalada evolutiva, poderá o homem desvendar os apaixonantes e misteriosos arcanos da criação divina.

Emmanuel – um desses Espíritos de Verdade – vem se esforçando, de algum tempo a esta parte, em auxiliar a humanidade nesse sentido, levando discretamente e com penetração espiritual, para que o homem deste fim de ciclo realize um esforço maior de ascensão e se prepare melhor para os novos embates do futuro no mundo renovado do terceiro Milénio que tão rapidamente chegou.
(Trechos do livro "Os Exilados de Capela")


Os guias invisíveis do homem não poderão, de forma alguma, afastar as dificuldades materiais dos caminhos evolutivos sobre a face da Terra.

O Espaço está cheio de incógnitas para todos os Espíritos.
Se os encarnados sentem a existência de fluidos imponderáveis que ainda não podem compreender, os desencarnados estão marchando igualmente para descoberta de outros segredos divinos que lhes preocupam a mente.

Quando falamos, portanto, da influência do Evangelho nas grandes questões sociológicas da actualidade, apontamos às criaturas o corpo de leis, pelas quais devem nortear as suas vidas no planeta. O chefe de determinados serviços recebe regulamentos necessários dos seus superiores, que ele deverá pôr em prática na administração.(Gestão) Nossas actividades são de colaborar com os nossos irmãos no domínio do conhecimento desses códigos de justiça e de amor, a cuja base viverá a legislação do futuro. Os Espíritos não voltariam à Terra apenas para dizerem, aos seus companheiros, das beatitudes eternas nos planos divinos da imensidade. Todos os homens conhecem a fatalidade da morte e sabem que é inevitável a sua futura mudança para a vida espiritual. Todas as criaturas estão, assim, fadadas a conhecer aquilo que já conhecemos. Nossa palavra é para que a Terra vibre conosco nos ideais sublimes da fraternidade e da redenção espiritual. Se falamos dos mundos felizes, é para que o planeta terreno seja igualmente venturoso. Se dizemos do amor que enche a vida inteira da criação infinita, é para que o homem aprenda também a amar a vida e aos seus semelhantes. Se discorremos acerca das condições aperfeiçoadas da existência em planos redimidos do Universo, é para que a Terra ponha em prática essas mesmas condições. Os códigos aplicados, em outras esferas mais adiantadas, baseados na solidariedade universal, deverão, por suas vez, merecer aí a atenção e os estudos precisos.
O orbe terreno não está alheio ao concerto universal de todos os sóis e de todas as esferas que povoam o Ilimitado; parte integrante da infinita comunidade dos mundos, a Terra conhecerá as alegrias perfeitas da harmonia da vida. E a vida é sempre amor, luz, criação, movimento e poder.
Os desvios e os excessos dos homens é que fizeram do vosso planeta a mansão triste das sombras e dos contrastes.

Fluidos misteriosos ligam a Deus todas as belezas da sua Criação perfeita e inimitável. Os homens terão, portanto, o seu quinhão de felicidade imorredoura, quando estiverem integrados na harmonia com o seu criador.

Os sóis mais remotos e mais distantes se unem ao vosso orbe de sombras, através de fluidos poderosos e intangíveis. Há uma lei de amor que reúne todas as esferas, no seio de éter universal, como existe essa força ignorada, de ordem moral, mantendo a coesão dos membros sociais, nas colectividades humanas. A Terra é, pois, componente da sociedade dos mundos. Assim como Marte ou Saturno já atingiram um estado mais avançado em conhecimentos, melhorando as condições de suas colectividades, o vosso orbe tem, igualmente, o dever de melhorar-se, avançando, pelo aperfeiçoamento das suas leis, para um estágio superior no quadro universal.
Os homens, portanto, não devem permanecer embevecidos diante das nossas descrições.

O essencial é meter mãos à Obra, aperfeiçoando, cada qual, o seu próprio coração primeiramente, afinando-o com a lição de humildade e de amor do Evangelho, transformando em seguida os seus lares, as suas cidades e os seus países, a fim de que tudo na Terra respire a mesma felicidade e a mesma beleza dos orbes elevados, conforme as nossas narrativas do Infinito.