Alimentos
vendidos no Brasil estão contaminados com transgênicos
Testes
feitos em laboratórios europeus a pedido do Greenpeace e Idec encontraram 11
produtos contaminados
Análises
encomendadas pelo Greenpeace e Idec (Instituto de Defesa do Consumidor) em
laboratórios europeus detectaram a presença de transgênicos em 11 lotes de
produtos vendidos no Brasil. Entre os artigos estão o leite em pó Nestogeno, a
sopa Knorr e as salsichas Swift, que estão contaminados com a soja
geneticamente modificada Roudup Ready, da Monsanto, além das batatas fritas
Pringles, que estão contaminadas com milho transgênico Bt, da Novartis.
A
comercialização no Brasil de alimentos com insumos geneticamente modificados é
ilegal, já que não atende às exigências previstas na Lei de Biossegurança (lei
número 8974 de 1995), e viola o Código de Defesa do Consumidor, que garante a
clara informação da composição do produto no rótulo da embalagem. O Greenpeace
vem denunciando e tem conseguido embargar a importação de matéria-prima
transgênica como milho, soja, farinhas e proteínas. Entretanto, esta é a
primeira vez que produtos ilegais para venda direta ao consumidor foram
encontrados nas prateleiras de supermercados do país.
Entre as
possíveis conseqüências à saude humana e ao meio ambiente do uso de
transgênicos compilados por cientistas estão o empobrecimento da
biodiversidade, a eliminação de insetos benéficos ao equilíbrio ecológico, o
aumento da contaminação dos solos e corpos d'água devido à intensificação do
uso de agrotóxicos e desenvolvimento de plantas e animais resistentes a uma
ampla gama de antibióticos e agrotóxicos.
"Os
fabricantes, importadores e distribuidores de alimentos devem imediatamente
retirar das prateleiras estes produtos que oferecem riscos e são
comprovadamente ilegais. Os supermercados, por sua vez, devem
passar a
exigir dos fabricantes e distribuidores comprovação da não contaminação por
transgênicos antes de colocar quaisquer produtos a venda", diz Mariana
Paoli, Coordenadora da Campanha de Engenharia Genética do Greenpeace Brasil.
"Falta também ao Governo Federal assumir a tarefa de fiscalizar a entrada
e comercialização ilegal de alimentos transgênicos. É fundamental que a lei que
garante a saúde da população e do ambiente seja cumprida".
O Greenpeace
lançou uma campanha de ativismo virtual <../../campanhas/genetica/analise20000620/cyberactions.html>
através de seu site direcionada às empresas e às redes de supermercados na qual
os consumidores internautas podem exigir dos fabricantes e redes de
supermercados para retirarem do mercado os produtos contaminados com transgênicos.
Esta é a
relação dos produtos contaminados:
- Nestogeno,
da Nestle do Brasil, fórmula infantil a base de leite e soja para lactentes
contaminado com 0,1% de soja RR;
- Pringles
Original, da Procter & Gamble, batata frita contaminada com milho Bt 176 da
Novartis;
- Salsicha
Swift, da Swift Armour, salsichas do tipo Viena contaminadas com 3,9% de soja
RR;
- Sopa
Knorr, da Refinações de Milho Brasil, mistura para sopa sabor creme de milho
verde contaminada com 4,7% de soja RR;
- Cup
Noodles, da Nissin Ajinomoto, macarrão instantâneo sabor galinha contaminado
com 4,5% de soja RR;
- Cereal
Shake Diet, da Olvebra Industrial, alimento para dietas contaminado com 1,5% de
soja RR;
- Bac'Os da
Gourmand Alimentos (2 lotes diferentes), chips sabor bacon contaminados com
8,7% de soja RR;
- ProSobee,
da Bristol-Myers, formula nao lactea a base de proteína de soja contaminada com
1,9% de soja RR;
- Soy Milk,
da Ovebra Industrial, alimento a base de soja contaminado com menos de 0,1% de
soja RR;
- Supra Soy,
da Jospar, alimento a base de soro de leite e proteina isolada de soja
contaminado com 0,7% de Sja RR.
Mais
Informações: http://www.greenpeace.org.br/
TRANSGÊNICOS:
TESTE APONTA PRESENÇA DE OGM EM ALIMENTOS São Paulo, 20 -
Os
laboratórios Interlabor Belp AG, da Suíça, e o Umwelbundesamt, da Áustria,
detectaram a presença de organismos geneticamente modificado (OGM) em 10
alimentos comercializados no Brasil, dentre 41 analisados. As análises foram
realizadas à pedido do Instituto Brasileiro de Defesa do Consumidor(Idec), que
enviou 31 alimentos para teste na Suiça, e pela entidade ambientalista
Greenpeace Brasil, que mandou outros 11 para a Áustria. O alimento com maior
teor de OGM é o Bac'os, um tempero de sabor bacon, importado pela Gourmand, com
8,7% de soja roundup read, uma planta modificada geneticamente, cujo plantio e
comercialização são proibidos no Brasil. O creme de milho verde fabricado pela
Knorr, que o segundo teste contém 4,7% da soja roundup read. O creme de milho é
fabricado e distribuído pela Refinação de Milho Brasil. Outro produto é a o Cup
Noodles, uma sopa sabor galinha fabricada da Nissin, importada dos Estados
Unidos, com 4,7% da soja roundup read. A salsicha tipo viena da Swift, em
caixa, fabricada no Brasil, contém 3,9% da soja roundup read, segundo os
testes. O cereal matinal Shake Diet, sabor morango, fabricado pela Olvebra, tem
1,5% da soja roundup read. O Prosobee, um alimento para criança, fórmula não
láctea, à base de proteína isolada de soja, distribuído no Brasil pela
Bristol-Myers Squibb e fabricado no México pela Mead Jhonson, tem 1,9% soja
roundup read. Em mais três produtos foram registrados menos de 1% de
transgênico. Um deles é o Nestogeno, da Nestlé, uma fórmula infantil de leite
de soja para recém-nascido, com menos de 0,1% da soja round up read. O produto
é fabricado pela Nestlé do Brasil. O Soy Milke, alimento à base de soja
fabricado pela Olvebra Industrial, contém menos de 0,1% da soja roundup read. O
Supra Soy, alimento à base de soja, fabricado pela Josapar Participações,
contém 0,7% de round up read, segundo os testes em laboratório. Outro produto
com presença de transgênicos é a Batata pringles, mas ainda não foram
apresentados os dados sobre o produto. Neste momento, a presidente do Idec,
Marilena Lazarini, e o diretor executivo do Greenpeace Brasil, Roberto
Kishinami, estão concendendo entrevista coletiva para divulgar detalhaes da
pesquisa. (Eduardo Magossi)
Seca faz a
importação de milho explodir - Compras externas podem ultrapassar os 2 milhões
de t este ano, dependendo dos resultados finais da safrinha.
A seca, que
castiga as lavouras nas principais regiões produtoras, está fazendo o Brasil
perder a conta da quantidade de milho irá produzir e importar este ano. Segundo
levantamento da Conab (Companhia Nacional de Abastecimento), divulgado em maio,
a safrinha (produção de inverno) de milho renderia 6,64 milhões de t. Com isso,
as importações dobrariam em relação ao ano passado, atingindo 1,6 milhão de t.
Mas nem sequer a própria Conab acredita nos números.
http://www.uol.com.br/fsp/agrofolh/fa2006200001.htm
Carta aos
supermercados
Alimentos
transgênicos no meu prato não!
O Greenpeace
e o Instituto de Defesa do Consumidor (IDEC) denunciaram hoje (20/06/200) a
presença de componentes transgênicos em alguns produtos comercializados nas
redes de supermercados do país. A comercialização de alimentos com insumos
geneticamente modificados é ilegal, por não atender às exigências previstas na
Lei de Biossegurança nr.8974 de 1995 e viola o Código de Defesa do Consumidor,
que garante a clara informação da composição do produto no rótulo da embalagem.
O Greenpeace
vem denunciando e tem conseguido embargar a importação de matéria-prima
transgênica ao país como milho, soja, farinhas e proteínas. Entretanto, esta é
a primeira vez que produtos ilegais para venda direta ao consumidor foram
encontrados nas prateleiras de supermercados do pais.