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sábado, 19 de novembro de 2011

Piegasdemotecnocracia

                             “ Duas estradas se bifurcaram no meio da minha vida,
                                                        Ouvi um sábio dizer.
                                              Peguei a estrada menos usada.
                                E isso fez toda a diferença cada noite e cada dia.”

Muitas vezes, em vários momentos, vem-me à mente interrogações a tudo que leio, ouço, vejo, sinto, enfim, com relação a situação atual de “nosso” estado. (pois este não se enquadra a todos) Pode parecer repetitivo e de fato o é, mais infelizmente não se fala em outro assunto. Até tenta-se, mas acaba por dar ao mesmo.

Vejo uma bola de neve, também por muitos chamadas de zona de contágio, a crescer sem proporção, sem medidas. Contágio de fecho, encerramento, insolvência das empresas e das pessoas. “Contágio de ruína económica da Europa “.

Mas, Portugal vai bem como disse o então senhor ministro: A crise acaba em 2012. (Se é no início ou no fim ninguém sabe, nem mesmo o próprio idiota sabe. )
O presidente da republica diz não..só em 2013. Índices e gráficos e suas ene teorias controversas, convergem-se sucessivamente a 3 décadas. Ouço o mesmo com relação a mesma? Não! É o eco triplicando num desfiladeiro anunciado. Estas declarações hora aqui, hora acolá, como disse bem o frei Fernando Ventura, em uma entrevista a SICnotícias. São de pessoas que vivem como Alice. Sim! De Alice no Pais das Maravilhas.

As mentiras e aldrabices continuam a surgir de forma chocante. A estas “Alices” digo bem que cá na terra trabalho é todo dia, levantar, quebrar paredes, matar a fome, matar a sede.

Todavia, não concordo com tudo que foi dito,
"colocar profissionais na política em vez de políticos profissionais". Isso apenas revela a fragilidade moral com a qual encontra-se hoje todos os nosso políticos, nós mesmos, a própria democrática. Pois, se eleições e nem mesmo plebiscitos podem ser anunciados, seria isso a mais nova “blasfémia” mundial? Mas parece-me uma forma técnica de censurar a opinião pública. Surge no ar uma pseudo-ditadura?

Grécia, berço da democracia. Desolada e perdida novamente nas mãos dos alemães.

Li, duas cartas abertas esta semana na web. Um Alemão escreve para um Grego, onde este responde, evidente, ao ler as duas: Pensei que os nazis não mais descem trabalho, mas pelo que entendi, é que estes anticristo ainda reproduzem-se.
  Agora a Itália. Portugal escapou por pouco, antecipou eleições e continua a deixar-se conduzir como cobaia Franco-Alemã. Tentando encontrar saída desta catástrofe.

Os chamados tecnocratas só observam os números e se os seus estratagemas estão surtindo efeito, embora que para isso tenha que sacrificar milhões de pessoas, se possível uma nação inteira até acertarem, um exemplo claro sobre a tecnocracia dentro da governabilidade em uma nação foi a seguinte: O Citigroup, que por décadas foi a mais corrupta das corporações financeiras dos Estados Unidos. Ele foi repetidamente resgatado pelos contribuintes: nos primeiros anos do governo Reagan e novamente agora. Não vou me ater à corrupção. Vocês provavelmente sabem, e é espantoso. Alguns anos atrás, eles criaram uma oferta para investidores. Desejavam atrair quem tivesse interesse de colocar dinheiro no que chamaram de “índice plutonomy” [um híbrido de plutocracia e economia (nota da tradução)]. Diziam que o “índice plutonomy” era uma forma de superar os rendimentos do mercado de ações.
E quanto ao resto da sociedade? Nós os deixamos à deriva. Nós não nos importamos realmente, nem precisaremos deles. Eles precisam estar por perto para providenciar um Estado poderoso para nos proteger e para nos resgatar, quando estivermos com problemas. Mas, essencialmente, eles não têm função. Por vezes, são chamados de precariado, pessoas que vivem uma existência precária na periferia da sociedade. Só que não é mais a periferia; está se tornando uma parte substancial da sociedade nos Estados Unidos e também em outros países, Portugal, Grécia, Irlanda, Espanha, Itália, França e logo mais Alemanha. Será?

Segundo o sociólogo Guy Rocher, a internacionalização se refere às trocas económicas, políticas, culturais entre nações, e às relações que daí resultam, pacíficas ou conflituosas, de complementaridade ou de concorrência.
Neste breve conceito apresentado, é sempre bom recordar factos históricos, sempre necessários para uma melhor compreensão, chamando em particular para o trecho [] às relações que daí resultam, pacíficas ou conflituosas [ ]
A globalização tem suscitado grandes movimentos de contestação social, sobretudo pela noção que provoca de que os países ricos vão subjugar ainda mais os países pobres, sem capacidade de resistência ou reacção.
Mas o problema coloca-se também dentro dos países mais agressivos, onde as empresas entre si vão pelejar por mercados cada vez mais concentrados e com enorme capacidade reivindicativa e negocial.
Uma coisa é certa nos nossos dias - não somos mais insensíveis em termos morais, pessoais, culturais, emocionais e económicos àquilo que se passa do outro lado do Mundo. As distâncias deixaram de ser factor de separação ou barramento de influências. A nossa era coloca-nos, de facto, numa aldeia global.
O inevitável chegou, e não foi só desde ontem.

É sabido por muitos, que vários problemas atingiam as principais nações europeias no início do século XX. O século anterior havia deixado feridas difíceis de curar. Alguns países estavam extremamente descontentes com partilhas ocorridas no final do século XIX. Alemanha e Itália, por exemplo, haviam ficado de fora no processo neocolonial. Enquanto isso, França e Inglaterra podiam explorar diversas colónias, ricas em matérias-primas (Qual a principal matéria prima hoje e a de amanhã do mercado? Brent). e com um grande mercado consumidor. A insatisfação da Itália e da Alemanha, neste contexto, pode ser considerada uma das causas da Grande Guerra.
Vale lembrar também que no início do século XX havia uma forte concorrência comercial entre os países europeus, principalmente na disputa pelos mercados consumidores. Esta concorrência gerou vários conflitos de interesses entre as nações.
Passado um século, cá estamos e vem a pergunta, as referidas interrogações. Estes conflitos e concorrências na disputa secular como vem sendo observada? Penso! Devo mesmo relatar fatos históricos ou isso esta sendo de minha consciente mente perversa? Terrorista ideológico? A mente fervilha! Ao começar a recordar aulas de outrora, eis que me lembro do tratado de Versalhes, marcando então a vitória da então Entente (Fr.) Este mesmo tratado teve repercussão influenciadora na Segunda Guerra.
(comentário da semana: A UE quer rever o tratado de Lisboa, onde talvez com esta manobra possa alterar alguns tópicos para uma retomada da soberania da bendita moeda Euro, pois não trata-se dos países e sim da moeda. Esta é a que importa e nada mais).
Não obstante, todos os tratados e pactos em favor da tranquilidade europeia, nunca, como agora, foi a paz social aqui tão vilipendiada. (O tratado de versalhes e os acordos de Locarno nada mais foram que fenómenos diplomáticos da própria guerra em perspectiva. Nunca houve um propósito sincero de fraternidade e equidade nessas alianças).

A guerra pode ter já recomeçado

A inflamada declaração de Angela Merkel, numa entrevista à televisão pública alemã, ARD, em que sugere a perda de soberania para os países incumpridores das metas orçamentais, bem como a revelação sobre o papel da célebre família alemã Quandt, durante o Terceiro Reich, ligam-se, como peças de puzzle, a uma cadeia de coincidências inquietantes. Gunther Quand
foi, nos anos 40, o patriarca de uma família que ainda hoje controla a BMW e gere uma fortuna de 20 mil milhões de euros. Compaghon de route de Hitler, filiado no partido Nazi, relacionado com Joseph Goebbels, Quandt beneficiou, como quase todos os barões da pesada indústria alemã, de mão-de-obra escrava, recrutada entre judeus, polacos, checos, húngaros,
russos, mas também franceses e belgas. Depois da guerra, um seu filho, Herbert, também envolvido com Hitler, salvou a BMW da insolvência, tornando-se, no final dos anos 50, uma das grandes figuras do milagre económico alemão. Esta investigação, que iliba a BMW mas não o antigo chefe do clã Quandt, pode ser a abertura de uma verdadeira caixa de Pandora. Afinal, o poderio da indústria alemã assentaria diretamente num sistema bélico baseado na escravatura, na pilhagem e no massacre. E os seus beneficiários nunca teriam sido punidos, nem os seus empórios desmantelados.
As discussões do pós-Guerra, incluíam, para alguns estrategas, a desindustrialização pura e simples da Alemanha - algo que o Plano Marshal, as necessidades da Guerra Fria e os fundadores da Comunidade Económica Europeia evitaram. Assim, o poderio teutónico manteve-se como motor da Europa. Gunther e Herbert Quandt foram protagonistas deste desfecho.

O Presidente dos Estados Unidos afiançou esta quinta-feira, perante o Parlamento australiano, em Camberra, que a máquina de guerra do seu país está na região da Ásia-Pacífico “para ficar”. Recebido com entusiasmo, Barack Obama teve portas abertas para a oficialização de uma base militar norte-americana em Darwin, no norte da Austrália. Para consumo da diplomacia chinesa, Obama ressalvou que vai “procurar mais oportunidades de cooperação com Pequim”. Mas o incómodo na cúpula do colosso asiático foi inevitável.A partir de 2012, vai ser visível o crescimento do músculo do Pentágono na Ásia. Unidades de Marines, vasos de guerra e aviões de combate darão corpo a uma base militar norte-americana no norte da Austrália. Até 2016 a presença das Forças Armadas dos Estados Unidos naquele país traduzir-se-á em 2500 operacionais. Quando comparado com as forças estacionadas no Japão e na Coreia do Sul, que ascendem, respetivamente, a 50 mil e a 28 mil soldados, o número é curto. Estrategicamente, porém, é significativo: a base de Darwin, a 820 quilómetros da Indonésia, permitirá intervenções mais ágeis no sudeste asiático e no Índico, aproximando, ao mesmo tempo, o armamento de Washington do Mar da China Meridional. (Entre tropas)A caminho da Indonésia, Barack Obama fez uma escala no porto de Darwin, onde arregaçou as mangas para falar a dois mil soldados dos Estados Unidos e da Austrália.

“Foi aqui em Darwin que a nossa aliança nasceu durante o Pearl Harbor da Austrália”, disse o Presidente norte-americano, num discurso repercutido pela agência Reuters.

Os políticos chamados de democratas, que ainda respiram democracia mesmo com toda a falta de ética profissional e moral, são um pouco mais humanóides que os tecnocratas, ainda respiram gente. Encontra-se também, referido por uns e outros o Piegocrata, que é os que choram e lamentam as perdas dos sistemas que criaram. A Piegademotecnocracia.
Chego a ler alguns comentários a respeito desta entrevista de alguns mas eufóricos a dizer:
para quem diz que "nós temos demasiados denunciadores" continua a denotar-se um discurso extremadamente denunciador. no fim diz que o que é necessário é formar consciências e "gritar que o rei vai nu". afinal em que ficamos? não, o que é preciso não é gritar que o rei vai nu, o que é preciso é encontrar um novo rei e vesti-lo como achamos que ele se deve vestir. dar o exemplo. se frei ventura diz que é preciso um novo modelo social então que aproveite o seu tempo de antena para o apresentar!
Agostinho da silva, Eduardo Lourenço, Medina carreira. frei Fernando ventura é uma espécie de best of de todos estes autores... nada de novo. tudo o que diz já foi dito. infelizmente. tem muita razão, mas limita-se a dizer o que outros já disseram, sem lhes acrescentar nada. se diz que é preciso um novo modelo social então que faça alguma coisa para o criar. não ajuda em nada dizer que tudo está mal sem fazer propostas. claro que propor é muito mais difícil que criticar, mas o que falta fazer é isso! fazer!(C.L.)

Nunca deixaram não é hoje que vão ceder. Porém, as vozes e mãos não calam nunca.
Adormecem. Ficam a espreita, esperando permissão para cantar e aplaudir. Assim como no jogo da seleção nacional. Como é bonito ouvir o hino nacional no inicio e no fim do jogo para o apuramento da equipe no euro 2012. Não vê-se o mesmo, não vê-se a mesma nação empolgada para socorrer pelo menos com o hino, quando muitos caem ao desemprego e a situação de calamidade quando saem as ruas em “protesto”. Isso já seria uma solução das muitas que se abrilhantam e que nem se quer ao menos deixam refletir. Assim começou o movimento occupy.




Há uma frase de Marx: “A tarefa não é compreender o mundo, mas transformá-lo”.

Há uma variante que deveria ser considerada: “Se você quer mudar o mundo numa direção qualquer, você precisa tentar compreendê-lo antes”. Assim como disse Agostinho da Silva - Como nada entenderam do passado, nada podem sonhar para o futuro.


Eu, acrescento que - Compreendê-lo não significa ouvir uma fala ou ler um livro, embora isso seja útil. A compreensão vem do aprendizado. O aprendizado deriva da participação. Aprende-se com os outros. Aprende-se com as pessoas que estamos tentando organizar. É preciso conquistar experiência e compreensão necessários para tornar possível implementar ideias e táticas.
Ilídio Lima, por 'Douta Ignorância'.

domingo, 30 de outubro de 2011

It's a long long long long way

Ah! estas assembleias, são tantas as observações apontadas, são aulas para um eterno aprendiz. Falando em “aulas”, fui questionado sobre onde seria o local, a sala de estudos deste conselho. Respondo de imediato: Café Parque. Sim, parque porque tem brinquedos no park, em frente ao café. Simples assim. E veio mesmo bem a calhar, é onde ficam os pupilos a brincar enquanto os seus pais reúnem-se em resenha. É neste café onde come-se “manteiga de gente fina”, essa só tem aqui do lado, indo a norte, na vizinha Esposende. Adorável senhora. Amabilíssima! Gentileza e simplicidade é tudo.

Contudo, dar-se início ao nosso bem estar em conviver, nossas conversas e seus ene`s assuntos, como sempre acompanhadas por hinos, taças, (eu como sempre vou de C.S.A.) várias prosas, até poesia.
Estas, vem de senhores mais experientes, sábios condutores nas estradas da vida. (Sábios por resultado de convicção pessoal que os sábios podem ter como indivíduos, independente de sua condição de sábios, “títulos “). Onde dentre estes eu ,sou o mais jovem.

Bem, e como já sabíamos, mas só fora confirmado mesmo nesta, é que três entes queridos de dois dos membros do conselho vão imigrar. Um casal, onde a filhota deles fica com os avós até o reencontro com os pais, estes vão para o Brasil, Belo horizonte precisamente e o outro amigo para Angola. Este, se não estou enganado é no ramo Têxtil. Não importa ou importa, enfim, isto é apenas o reflexo da situação económico - social - financeira ruim em que nos encontramos hoje.

Eng. Civil e Telecomunicações, Arquitetura e Urbanismo vem em acessão no mercado Brasileiro. Angola se não estou enganado é o Têxtil.
O “Dido” vem a um ano trabalhando como engenheiro sem contrato efetivo, com descontos a “recibos verdes”,( assim também eu na enfermagem) ciente que o mercado da contrução civil caiu de maneira brutal, não só este (mercado) como de outros dezenas. alguns ainda vem sobrevivendo, mas desesperançados com relação ao próximo ano. Complicado! Vejo-me assim também. por hora ainda respiro, mas matematicamente falando, a soma do produto final é negativa, os encargos estão cada vez mais sufocantes e clientes mal pagadores e não pagadores contribuem para o fecho.

Ele esta constantemente a enviar currículo para as empresas no Brasil, conversamos muito a respeito e deixei-lhe alguns indicativos a seguir, é mais um que provavelmente vai deixar a terra natal, pelos mesmos motivos que os demais. Vejo os de hoje refazendo o caminho que nossos avós e pais fizeram num passado não muito distante, sei que toda aquela promessa da UE, suas diretrizes e seus mandatários, não passavam e não passam de engodo, eles também reconhecem hoje este engodo. Falam mesmo até com uma certa vergonha, não queriam embarcar nesta, queriam mesmo trabalhar e produzir em Portugal. Eu compreendo bem o que dizem e o que sentem neste momento e de ambos os lados.
Porém, incentivo-os a irem, que tenham coragem e acima de tudo, fé.

Em tempo, dando continuidade ao sarau, o fluir da conversação estende-se entre mais taças e hinos, versos e prosas, e é nestas que nos lançamos a temas, tais como: Felicidade, o sucesso, o amor, o dinheiro, o trabalho, os sonhos, a vida em seu todo.
Estes, acompanha-nos desde sempre. Não a hoje alguém que diga o contrário, em qualquer conversa seja aqui ou acolá, estes temas sempre estão presentes.
Dizem: “ Tudo que é bom acaba”. Não sei bem, pois é na convivência com estes que percebo quase sempre que todos nos chegamos e alcançamos sucessos nas nossas empreitadas, alegrias, cultura, educação, intelecto, constituição de famílias, IN-famílias e ainda com muita saúde e continuamente vivos sempre.“It's a long long long long way”
Cada um com os que lhes foi atribuído, conquistado, seja por meio do esforço próprio, seja por bem aventurança, enfim. Os testemunhos são evidências mais que suficientes.

Partindo de um ponto de vista subjectivo, alcançado os objetivos, assim chamado por muitos, com relação aos temas citados acima, chagamos então ao fim?
É quando chegando então ao apogeu o homem pensa; Foi tão fácil conseguir? Sim ou não? Pois, Bem isso! Já lá esteve, já lá esta? Agora pergunta-se, e dai? A um breve silêncio, cada um com seus botões.( este silence, induz-me a uma
aquiescência Faz lembrar-me Raul em Ouro de Tolo, Como também Chico e Milton em Cálice, Tipo; Cidadão comum a la Belchior).

vê-se entre uns e outros, no indivíduo, cidadão e as historias de vida, passagens, fragmentos. "Revelações" e como sempre surpreendentes. "BUM" Como somos mesmo iguais. Independente do dialeto, cor, credo, etinía, somos produto da mesma essência orgânica, divina, intelectual; Adjacências.
Alguns atuam em polos “IN”, outros “OUT”, outros ambos. (Kaibailon)
”A medida proporção destes depende sempre da mens sana corpore sano”. E assim vai dando-se forma e continuidade ao ser, uno ou coletivo
.
O indivíduo e suas conquistas são continuas, não cessa. É uma Lei

Então como só posso responder por mim, pois o homem é o exercício que faz e como foi eu a expor estas digo; E dai é que lanço-me novamente a vida, o que conquistei fez e faz parte do progresso, não detenho-me única e exclusivamente no ponto de vista de minha especialidade ou especialidades adquiridas.

Todo homem que dedica-se a uma única especialidade escraviza a ela suas ideias. Afastai-o do assunto ao qual ele domina e ele quase sempre se confundirá. É esta ainda a fragilidade de muitos.

Ideologia onde andas, onde estão teus seguidores, qual lado encontrar-te-ei? Meus heróis morreram de overdose.
Há uma quase unanimidade nas replicas e treplica de cada um dos presentes sobre minha narrativa, não fugindo muito ao conteúdo exposto, chegamos bem a entender que o que valeu mesmo foi o caminho trilhado, suas curvas e derrapagens, os desafios de mais uma trip, esta que ainda estende-se, das experiências que vivemos, quantos conceitos já revistos, outros tantos a rever, a refutar. E assim segue, também tenho cá meus botões!

E já as tantas, (an old song, a la Chico "Suspirando pelas alcovas") a descer a rua da lapa caminhando, destino ignorado, mas com a continuação sempre de bons fluidos, com pessoas INgente, segue a harmonia.



Com uma noite mansa e não tão fria, a prosa faz-se outra vez poesia, agora não a cantos e as taça por hora deixamos vazias.

As rizadas com euforia, testemunham alegria de um bem a guardar.

"E era assim: Tinha arrebol ao nascer"





domingo, 23 de outubro de 2011

UM "CONTO" JINA

 “Domingo, 10 de Janeiro de 1588. Entre duas e três da tarde, a légua da barca de castejón, quem vai para Corella, a mão esquerda, no monte chamado Cierso, apareceram quatro esquadrões de soldados muito grandes, que saiam da terra vestidos de preto. Apareceram três vezes. Na primeira, surgiram como que uns 40 ou 50 homens, que voltaram a sumir-se debaixo da terra. Na segunda, dali a pouco, no mesmo local, tornou a manifestar-se outro esquadrão de gente, maior que os outros, no meio do qual se viu um guerreiro maior que os demais, vestido de branco, a caminhar em direção ao Ebro, rapidamente. Em seguida, tudo de esvaneceu, parecendo aos que olhavam a cena que a terra tragava um soldado após outro. Dentre em pouco, já se pôs em linha um verdadeiro exército, no dito lugar, dividido em duas alas, com uma bandeira enorme, azul, que, ao divisar a presença de curiosos, também sumiu debaixo da terra. Não demorou longo tempo, e eis que, no mesmo sítio, e de maneira imprevista, alinhou-se mais um exército mui numeroso, coisa espantosa e mais impressionante que sucedera antes, marchando em direção do rio Ebro, que pelo referido exército era circundado. Tal fato durou um quarto de hora; e, depois, tudo ficou em paz, sem alarde e tranquilo.

sexta-feira, 21 de outubro de 2011

(IVA) Insólitos Valores Amargos






Com a carga fiscal e tributaria que sofrem as empresas hoje em Portugal uma MPE não sobrevive.
O índice de micro e pequenas empresas (MPEs) que sobrevivem aos seus dois primeiros anos de funcionamento Caiu abruptamente. Segundo variações da OCDE, onde Portugal tem taxa negativa.

O IVA para estas, atinge de forma bem mais grave a actividade de muito mais empresas em, que têm muito menos margem de manobra, por três razões: (1) atingem um segmento de consumo já muito pressionado, o que leva a que as empresas tenham que assumir pelo menos uma parte da carga fiscal adicional, (2) o IVA afecta a estrutura de custos de todas as empresas, ou seja, não discrimina (como o IRC, por exemplo) entre empresas com bons resultados e empresas que enfrentem situações de pré-falência e (3) os aumentos do IVA agravam as pressões de liquidez das empresas que têm com frequência que o liquidar antes de receberem os pagamentos respectivos.

Além disso, os aumentos no IVA (passados e futuros) ameaçam conjugar-se com o impacto do corte no subsídio de Natal, constituindo-se como um autêntico cabo das tormentas que, no final deste ano e início do próximo, muitas empresas não conseguirão atravessar. Sobretudo no sector do comércio, que já tem sido brutalmente afectado pela austeridade. Convinha que alguém explicasse ao Ministro que empresas falidas pagam 0% de impostos.

Mas há ainda um aspecto estrutural sobre o qual um país em crise deveria reflectir. E, já agora, o espaço económico também em crise a que esse país pertence. A tributação directa sobre os rendimentos do capital e a tributação (quando progressiva) dos rendimentos singulares têm efeitos estabilizadores na economia que o IVA não tem, como se pode ver. Porque, ao contrário do IVA, as receitas da tributação directa reagem mais do que proporcionalmente às flutuações da actividade económica, arrefecendo-a em períodos de expansão e apoiando-a em períodos de abrandamento.

Assim, ao alterar a estrutura da sua receita fiscal, as economias que seguirem este caminho (e na Europa são todas), enfraquecem os seus instrumentos de resposta a contextos de crise. É um erro que nos vai explodir nas mãos nesta crise… e nas próximas.

Se não houver uma reforma na lei tributária para MPEs, sem a introdução de um sistema Supersimples na Lei geral para estas, empreender em Portugal é SUICÍDIO.



Mas, não desanimemos.

quarta-feira, 19 de outubro de 2011

Conversa de Botequim

 Em recentes conversas com amigos e conhecidos, durante nossas (rappy hours) na boémia, discutimos a “História Geral”e temas que hoje nos invade constantemente, tal qual o ar que respiramos. A Crise económica, a indiferença social, a pobreza, entre “outros “.

Deparei-me com vários argumentos e conceitos não muito distantes em lógica da situação ao qual nos encontramos hoje. Cada um abordando os assuntos não só com o conhecimento intelectual que possuem, como também com experiências de facto evidenciadas ou   por saber de alguns que vivem em situações de risco, pobreza e “exclusão social.”

A pobreza pode ser entendida em vários sentidos, principalmente:

Carência material; tipicamente envolvendo as necessidades da vida cotidiana como alimentação, vestuário, alojamento e cuidados de saúde. Pobreza neste sentido pode ser entendida como a carência de bens e serviços essenciais. Falta de recursos económicos; nomeadamente a carência de rendimento ou riqueza (não necessariamente apenas em termos monetários). As medições do nível económico são baseadas em níveis de suficiência de recursos ou em "rendimento relativo". A União Europeia, nomeadamente, identifica a pobreza em termos de "distância económica" relativamente a 60% do rendimento mediano da sociedade.

Carência Social; como a exclusão social, a dependência e a incapacidade de participar na sociedade. Isto inclui a educação e a informação. As relações sociais são elementos chave para compreender a pobreza pelas organizações internacionais, as quais consideram o problema da pobreza para lá da economia.

Por esta ótica, a decadência intelectual pode prejudicar o desequilíbrio no mundo? 

Respondo sem titubear que sim, sem dúvidas. E é por essa razão que observamos hoje na paisagem político-social as aberrações e absurdos teóricos, os extremismos, operando a inversão de todos os valores. Vou mais adiante; Excessivamente preocupados com as suas extravagâncias, os senhores da “inteligência” trocaram o labor ético por um lugar de domínio. Valorando prebendas tangíveis da situação econômica.

A exclusão configura-se como um fenômeno multidimensional, como um fenômeno social ou um conjunto de fenômenos sociais interligados que contribuem para a produção do excluído. Coexistem ao nível da exclusão fenômenos sociais diferenciados, tais como o desemprego, a marginalidade, a discriminação, a pobreza, entre outros.
Numa situação de exclusão verifica-se uma acentuada privação de recursos materiais e sociais arrastando para fora ou para a periferia da sociedade todos aqueles que não participam dos valores e das representações sociais dominantes.

O excluído encontra-se fora dos universos materiais e simbólicos sofrendo a ação de um espiral crescente que culminará na incorporação de um sentimento de auto - exclusão.

A nível simbólico tende a ser excluído todo aquele que é rejeitado de um certo “universo” simbólico de representações de um concreto mundo de trocas e transações sociais.

Nas sociedades modernas ocidentais, contudo, pobreza e exclusão reforçam-se mutuamente.

Há diversos indicadores de desigualdade como, por exemplo, o coeficiente de Gini. (é uma medida de desigualdade desenvolvida pelo estatístico italiano Corrado Gini)

Em muitos países a definição oficial de pobreza é baseada no rendimento relativo e por essa razão alguns críticos argumentam que as estatísticas medem mais a desigualdade do que as carências materiais. Por exemplo, de acordo com o Gabinete de Censos dos EUA, 46% dos "pobres" desse país têm casa própria, tendo as casas dos pobres, em média, 3 quartos de dormir, 1,5 casa de banho e garagem. Além disso, as estatísticas são normalmente baseadas no rendimento anual das pessoas sem considerar a sua riqueza. Os limiares de pobreza usadas pela OCDE e pela União Europeia baseiam-se na distância econômica relativamente a uma determinada percentagem do nível mediano de consumo.

No entanto, definir pobreza torna-se um processo um pouco
complicado. “Se a pobreza se manifesta ao nível de determinadas condições
materiais de existência, caracterizadas por baixo nível de rendimentos,
condições habitacionais, precárias em áreas periféricas, frequentemente degradadas, ela está igualmente associada a um determinado modo de estar na vida, a uma forma particular de percepcionar a realidade.”


Porém, a conversa fluí e entre uma taça fresca aqui e outra “acolá”, uma matéria chama a atenção no noticiário e uma a mais, declaração dos Srs. “Doutores.” (risos) percebo que as contradições continuam e o cenário global da situação aterroriza.

Li um texto pela manhã no JN que 96% da população portuguesa, considera que a situação econômica do pais está mal e quase três em cada quatro (71%) acreditam que vai piorar, segundo um Eurobarómetro divulgado ontem em Bruxelas.
Como medir, calcular este coeficiente? Esta sondagem foi realizada em Junho - antes do anúncio das novas medidas de austeridade. A média europeia (UE 27 ) e de 67% de descontentes com a situação nacional, contra 3% de insatisfeitos.
Uma “investigação” do INE divulgada em noticiário, revelou que em cada 05(cinco) dos portugueses um(01) é pobre. Pergunto: Onde fora realizado este estudo?
Quais os critérios e questões abordados neste? Quem avalia e como caracteriza as respostas destes “ cidadãos “? Por isso minhas perguntas. Pois cá na Póvoa de Varzim e em Vila do Conde desconhecemos tal sondagem, como também perguntado ao mais novo membro deste colegiado, morando atualmente em Braga, se o mesmo soube de tal, nem mesmo ouviu falar. Durante a conversa isso foi unânime, pois os presentes conhecem de fato famílias com 05 ou mais cidadãos portugueses que são “pobres “. (observem a incongruência de ontem para hoje das informações em rede) . Com mais “informações” adicionais, qual indicativo usar?


Ainda durante o dia o Sr. José Gomes Ferreira economista e comentarista da SIC nos revelou mais alguns dados interessantes sobre o plano econômico do tipo. Que para além da austeridade ainda vamos pedir dinheiro ao exterior novamente, os portugueses viveram a ilusão de que eram ricos. Ou seja; estas mais pobres e vai ficar ainda mais. Isso era tema de conversas em nossos encontros como os citados acima, dentro dos anos de 2004 e 2005. “ Tomamos um susto com esta revelação hoje, não por não sabermos disso, mas sim por termos falado nesta a 6 anos atrás. E onde se teve um aviso de tudo isso em 2008.


Outro dado importante revelado por um dos membros do nosso conselho é que segundo alguns senhores da educação, diretamente relacionados a FNE, Os mesmos não sabem se haverá escolas e se será para todos nos anos que se avizinham.

Questão inserida pelos participantes do conselho boêmio. Os professores, formadores, educadores, gestores da educação, tem plano pedagógico hoje para esta realidade com seus alunos? Os formadores de formadores de educadores e vice-versa estão preparados e com metodologias especificas para tal? Se cobramos clareza e verdade da situação real aos senhores do estado para conosco cidadãos, o que será dito ao meu filho na sala de aula a respeito disto? Será melhor fechar os olhos e os ouvidos dele assim como também os de outros centenas? Ainda mais quando percebo que educação não esta dentro das estatísticas do plano de orçamento para 2012 num conceito geral, tanto pública, privada, quanto público-privada. “Parcerias que convém”.

Isso sem falar na saúde dos portugueses que segundo estimativas a crise econômica vai acabar por reflectir-se no nível de saúde da população, fruto das privações a que o período de contenção pode obrigar. E que pelo plano de orçamento para 2012 isso vai bem mais longe do que imagina-se.
A promoção da saúde pública é, essencialmente, a prevenção. Ora, apenas 3% dos orçamentos europeus de saúde são dedicados à prevenção. "É muito pouco, os governos não investem porque a prevenção não tem resultados imediatos",

Recordo porém de uma nota que escrevi sobre desperdício do estado na saúde:
Num ano negro para a despesa do Estado com remédios, 40% é atribuída à fraude.
Do total das despesas do Estado com a comparticipação de medicamentos no Serviço Nacional de Saúde (SNS) em 2010, 40% é potencial fraude, conclui uma auditoria da Inspecção Geral das Finanças (IGF) ao sistema de prescrição e conferência de facturação de medicamentos do SNS.
A IGF já tinha alertado em relatórios anteriores para a fraude no sector dos medicamentos, o motivou, aliás, participações da IGF ao Ministério Público. Os valores agora apurados referem-se apenas a uma amostra de três milhões de euros, dos quais 1,2 milhões são identificados como irregulares.


Surge porém dentro da conversa, a questão da pobreza urbana. Tal como se fosse uma nova geração inserida no contexto atual e no que virar a existir, pois esta já coexiste.

(…) O mais característico do urbanismo,como é entendido actualmente, não é, todavia, a concentração
geográfica, nem o número elevado de pessoas que vão viver em cada núcleo, mas a possibilidade enorme de relações e comunicações entre as pessoas duma determinada área.”
(Gameiro)

Ou seja; a cidade começa a ser o modo de vida preferido para as “Sociedades “. O significado social do urbanismo começa a ser muito plural, principiando uma espécie de mentalidade colectiva da qual as pessoas se identificam. Como tal, a urbe vai ser, cada vez mais, um espaço muito instável, frágil e violento, de tensões sociais, tornando-se portanto, num espaço de disputa social.
Segundo o mesmo raciocínio, percebo desde logo que vão surgindo diversas patologias de todo este fenómeno. Destacam-se entre elas o paupérrimo urbano e a delinquência associada ao crime, à prática de roubo, ao saque, à exclusão do trabalho, etc.

Isso é muito grave. Eu acho que as pessoas precisam pensar mais de forma coletiva.
“Tem uma série de valores a serem preservados: a solidariedade, o respeito pelo outro, a tolerância àquilo que é humano”.
Nós temos que parar e pensar. Pensar profundamente, por mais que isso seja difícil, provoque sofrimento, provoque angústia, e que a curto e médio prazo nós não tenhamos nenhuma resposta. Mas é fundamental parar e refletir sobre isso.
“Isso é o nosso poder, para o bem e para o mal, é o nosso poder.”
Contudo, peço mais um café dando seguimento a resenha que prossegue em prosa e poesia.
Chegando ao desfecho com a “Indiferença Social” De cara levanto antes da abordagem do tema, as questões: 
O que é ética? Por que ela é importante na vida em sociedade? Qual a relação entre ética e indiferença? Qual a relação entre ética e moral-cívica? Sendo moral um conjunto de regras, válidas para todo mundo, que determinam nossa conduta em sociedade: como devemos agir para não ferir o direito do outro e respeitar o bem comum, como agir diante dos diferentes desafios morais e cívicos? É daí que nasce a ética.


“Uma atitude ética é um estado de atenção com a vida”,

Uma conduta ética é antes de tudo uma tomada de posição. Uma atitude. Por isso, nada mais antiético do que a indiferença. Estar indiferente é abandonar toda tentativa de interferir nas coisas, de mudar - o que acaba tornando a violência, a corrupção, o desrespeito, um hábito. A indiferença é a banalização do mal.
A cultura de indiferença com a pobreza, em particular, é ao mesmo tempo estruturada e estruturante. Estruturada, pois esta indiferença tem manifestações já estabelecidas e consolidadas que se manifestam por meio de expressões cotidianas de banalização com a vida humana e o descaso com sofrimento produzido pelo agravamento da vulnerabilidade social. Estruturante, pois essa cultura da indiferença é afirmada e reafirmada continuamente por meio de diversos processos de socialização em diferentes espaços sociais, por meio de práticas sociais, que expressam comportamentos absorvidos como normais e naturais.
Sendo a pobreza um fenômeno social ela é a "síntese de múltiplas determinações". Portanto, é consequência direta do processo de exploração e expropriação do processo de produção econômica, em que o aumento da pobreza passa a ter significado explicativo na medida em que se desmonta a funcionalidade do sistema econômico que a gera. Não obstante, a pobreza como fenômeno social inquieta de diversas maneiras, seja porque ela evidencia o sistema econômico como fonte de desigualdade ou pelo fato de tornar-se um perigo constante frente a tênue ordem estabelecida.

“Se alguém é exposto demasiadamente à violência, como acontece hoje, banaliza a experiência da violência.
Então, nós vivemos num mundo extremamente banalizado”,
A banalização leva à indiferença. E o que a indiferença faz é desconsiderar e desqualificar o outro. Uma pessoa ignorada é como um objeto, sem vida, sem importância.

 “Quantas vezes passamos por uma criança no chão, dormindo, e sequer paramos para olhar para ela? Ao contrário. Tratamos de virar o rosto

Alguns psicanalistas e filósofos falam de três tipos de indiferença na nossa sociedade. O primeiro é o das classes dirigentes e das elites em relação aos pobres, que são vistos como "coisas", não como pessoas.
Quem não foi reconhecido como cidadão também passa a não reconhecer o valor do outro.
A explosão da violência urbana é o resultado do segundo tipo de indiferença: a dos excluídos em relação às elites.

A vida dos privilegiados deixa de ser vista como algo importante por aqueles que estão à margem da sociedade. E assim, pode-se matar para conseguir um brinco, por exemplo.

O terceiro tipo de indiferença apontada por Jurandir Freire Costa é o das elites em relação a elas mesmas. Enquanto o caos toma conta das cidades, multiplica-se o consumo de tranquilizantes, antidepressivos e drogas, como o álcool.

“Por exemplo, se alguém se sente um pouco mais gordo, se falta desejo pelo companheiro ou pela companheira, se alguém perdeu uma pessoa querida e está triste, rapidamente é medicado. A pílula vai resolver o seu problema. E com isso, se plastifica o afeto das pessoas”.

Diante de uma sociedade que parece desabar, a única coisa a fazer é salvar a si mesmo. Na falta de um projeto coletivo, a busca pelo sucesso individual, pelo bem-estar e realização pessoal, se torna cada vez mais importante. Da mesma forma, o horror ao fracasso.

O que choca hoje não é tanto a quantidade de crimes e escândalos políticos que vemos todos os dias nos jornais, mas a absoluta indiferença com que reagimos a tudo isso.

Talvez este seja o sinal de um desejo de destruir o que não temos coragem de transformar.

quarta-feira, 12 de outubro de 2011

Senhores que mentem.

É que entre idas e vindas de um tribunal a outro, com assuntos relacionados a família, esta, nossa maior dádiva como também nossa maior moratória. (Não falo por mal, apenas é o que convém ao momento). Como diria Balzac.
"A gratidão é uma dívida que os filhos nem sempre aceitam no inventário"

Mas é assim: Minha senhorita avó de 90 anos não esta bem conformada com a decisão estabelecida pela Exma. Senhora Doutora Juíza em direito cível a respeito de sua causa em fórum com relação a sua moradia. Pois! Depois de 53 anos a viver nesta, deve retirar-se pois a câmara da freguesia a qual a casa esta localizada, deu parecer favorável a um senhorio que não tem recursos para cumprir com as obrigações que cabe a este ,sobre o respeito e responsabilidade que o assunto pede. (Isto dito pelos senhores doutores Advogados, como também no meu ponto de vista). Como também ouvi o argumento onde a narrativa foi: Se tiver que favorecer a um, serão vários a seguir com os mesmos direitos ( Não escutam nem mesmo o que dizem). Se é “Direito”.

Chego a pensar que todas as autarquias estão, preparadas? Para acolher a estes? Pois a mim, parece que há muitos em, tal situação?

Onde ainda escutei do senhor doutor: Nesta idade já devia estar no lar para idosos. (Ainda bem que os filhos destes senhores não encontravam-se presentes, pois já saberia o que fazer no futuro próximo. Chega ser até desumano).
A mim não parece justo, mas o que dizer de um justiça midiática, onde pouco importa o que esta em causa e sim quem esta participando desta e o que este “é “ou “represente” para os “presentes” (E quem hoje não é midiático, não fica bem na foto) ou seja; não anda ao pé destes. Ainda mais dentro de uma pátria meretriz e desvairada no vício Poliparapsicótico do capitalismo , seus conceitos e correligionários. No meu conceito, o “Lar” seria o último recurso quando esgotada toda e qualquer hipótese de uma solução mais digna e moral a esta cidadã, que contribuiu e muito em seus deveres cívicos. Não digo que inexista centros de referências para idosos no pais e serviços com qualidade nos cuidados que diz respeito a terceira idade, mas em pesquisa realizada por mim e alguns amigos, dentro do “mercado” de cuidados a idosos, chegamos a conclusão que os custos de acesso a estes tornara-se muito mais dispendioso, modestamente falando, quanto absurdamente caro. O estado julgar a favor desta situação e contra a esta senhora é no mínimo Genocídio ético moral e profissional generalizado em direito. “ Senhores Feudais do século XXI ” Por trás de títulos, togas e interesses pessoais. Mas não generalizo, ainda há homens de bem e profissionais honestos na terra.

Foi quando durante a audiência um simpática senhora ao meu lado sussurrou: sabe quais são as propriedades dos advogados:
. Se eu gosto disto, é meu.
. Se está em minha mão, é meu.
. Se eu posso tomar de você, é meu.
. Se estava comigo agora há pouco, é meu.
. Se é meu, nunca pode parecer ser seu.
. Se parece ser meu, é meu.
. Se eu acho que é meu, é meu.
Rimos um pouco e baixinho claro… Lógico que eu não ia perder a oportunidade de contribuir com o meu e perguntei: A senhora sabe porque cobras não picam advogados? Não? Ética profissional. Bem medido e pesado, nem sei mais o que dizer.

Isso só mi faz relembrar frases de uma velha canção de outrora, quando diz que; Entre um rosto e um retrato, entre o real e o abstrato, entre a loucura e a lucidez, entre o uniforme e a nudez, entre o fim do mundo e o fim do mês. Eu me sinto passageiro de algum trem que não passa por mim, então parem o mundo que eu quero descer, para descansar um pouquinho e depois retornar a batalha. Esperem sentados a rendição, nossa vitória não será por acidente.

 “São poucos os que de facto conhecem o significado das alegorias desenhadas no escudo de Aquiles“.

L:

sexta-feira, 23 de setembro de 2011

Pluralidade das Existências

Em tempo, durante alguns estudos realizados, lendo um artigo aqui e outro ali, assistente em reuniões, e como ouvinte atencioso, cheguei a um consciente cuidadoso nas inumeráveis perguntas que amigos fazem questão em abordar. Uns de facto querendo entender e progredir em conhecimento naquilo que lhes flora a alma, outros em busca de respostas, mais como alento consolador, para os traumas que sofrem.

É impossível chegar a perfeição moral e intelectual sem continuidade de disciplina.
Como seres humanos, buscando o “ Equilíbrio em perfeição”, a máxima do bem viver, temos que procurar observar cada vicissitude da vida atual por janelas claras e abertas aos olhos da lógica. A pluralidade das existências trás uma forma racional e justa de entendimento por aquilo que de facto existe. Sem ela, fica impossível de atribuir justiça e bondade a Deus, o que seria no mínimo loucura.
Hoje vivemos em lutas desvairadas entre conceitos e formas, classes e suas vértices, entre tantas outras chagas que nos afligem, enfim.

Inteligência humana sem desenvolvimento sentimental, porque nesse desequilíbrio do sentimento e da razão é que repousa atualmente a nossa realidade no mundo. O nosso grande erro é entronizar apenas a inteligência, olvidando os valores legítimos do coração nos caminhos da vida.

Isso lembra-me uma passagem do mestre Jesus: Dai a César o que é de César, dai a Deus o que é de Deus.

Jó afirmou que veio nu e retornaria nu à pátria espiritual: "Então Jó se levantou, rasgou o seu manto, rapou a sua cabeça e, lançando-se em terra, adorou; e disse: Nu saí do ventre de minha mãe, e nu tornarei para lá. O Senhor deu, e o Senhor tirou; bendito seja o nome do Senhor.” (Jó , Cap. I, 20-21)

“Tu nem as ouviste, nem as conheceste, nem tampouco há muito foi aberto o teu ouvido; porque eu sabia que procedeste muito perfidamente, e que eras chamado transgressor desde o ventre.” (Isaías, Cap. 48, 8)

De duas uma: ou a morte é uma destruição absoluta, ou é passagem da alma para outro lugar Se tudo tem de extinguir-se, a morte será como uma dessas raras noites que passamos sem sonho de nós mesmos. Todavia, se a morte é apenas uma mudança de morada, a passagem para o lugar onde os mortos se têm de reunir, que felicidade a de encontrarmos lá aqueles a quem conhecemos! O meu maior prazer seria examinar de perto os habitantes dessa outra morada e distinguir lá, como aqui , os que são dignos dos que se julgam tais e não são. Mas é tempo de nos separarmos, eu para morrer, vós para viverdes. (Sócrates ao seus juízes.),

Nem o futuro nem o presente existem. Nem se pode dizer que o tempos são três: passado, presente e futuro. Talvez fosse melhor dizer que os tempos são: o presente do passado; o presente do presente ;o presente do futuro.
E estes estão na alma; não os vejo alhures .O presente do passado é a memória, o presente do presente é a percepção, o presente do futuro é a expectativa “
. (Agostinho de Hipona)


Os textos acima, e suas expressões literárias, mostram que o despertar de conhecimentos e ideias se da através de uma sucessão de conhecimentos adquiridos, é quando conseguimos reviver aprendizados, e contribuir para o adiantamento, Tanto nosso quanto dos que nos rodeiam.
Nestes breves, encontramos uma definição lógica do que representa, o património íntimo, do que representa o acervo intelectual, este é a soma de muitas experiências em vidas antecedentes do ser no plano material. Uma inteligência profunda significa uma constante de trabalhos regeneradores.
Atingida essa posição, se o homem guarda consigo uma expressão idêntica de progresso espiritual ( Moral ), pelo sentimento, então estará apto a novas esferas.

“O véu, cai a medida que depuramo-nos “.

Presente do passado = Descortinar dos conhecimentos adquiridos.
Presente do presente = Aprendizagem continuada ( lei de progresso ).
Presente do futuro = Fé no porvir. Maturidade Moral. Mundo regenerador. (“A expectativa traduz o incrédulo”).

A humanidade progride através dos indivíduos que se melhoram pouco a pouco e se esclarecem; quando estes se tornam numerosos, tomam a dianteira e arrastam os outros. de tempos em tempos surgem os homens de génio, que lhes dão um impulso; e depois, homens investidos de autoridade, instrumentos de Deus, que em alguns anos fazem avançar de muitos séculos.
Os homens, com suas “grandes descobertas“ , contribuíram com seu conhecimento, para o adiantamento da ciência e suas vertentes. Foi, através do amadurecimento intelectual que ele conseguiu estabelecer ordem em alguns fatores que encontravam-se, digamos que desordenados. precisando de definições mais lógicas, levando a estudo tudo que lhe fosse percebido como novo, a tudo que encontrara. Nada mas era do que o despertar do que aprendeu com a pluralidade das existências.

“Ajuizado serás, não supondo que sabes o que ignoras”
(Sócrates)

Isso vai com vistas aos que criticam aquilo que desconhecem até mesmo os primeiros termos. Platão completa esse pensamento de Sócrates, dizendo: “Tentemos primeiro, torná-los, se for possível, mais honestos nas palavras; se não o forem, não nos preocupemos com eles e não procuremos senão a verdade. Cuidemos de instrui-nos, mas não nos injuriemos.” É assim que devemos proceder com relação aos contraditores de “boa ou má-fé.”
Revivesse hoje Platão e acharia as coisas quase como no seu tempo ou pior, pois já temos uma capacidade intelectual mais aguçada, mas ele poderia usar da mesma linguagem.
Também Sócrates toparia hoje com criaturas que zombariam de sua crença e o qualificariam de louco, assim como ao seu discípulo Platão.
Foi por haver professado esses princípios que Sócrates se viu ridiculizado, depois acusado de impiedade e condenado a beber cicuta. Tão certo é que, levantando contra si os interesses e os preconceitos que elas ferem, as grandes verdades não se podem firmar sem luta e sem fazer mártires.

Emmanuel esclarece: É no património íntimo que a alma registra as suas experiências, no aprendizado das lutas da vida, acerca das quais guardará sempre uma lembrança inata nos trabalhos purificadores do porvir.

Somente sabemos que todos nós, indistintamente, possuímos germens de santidade e de virtude, que podemos desenvolver ao infinito.
Podendo conhecer a causa de alguns dos fenômenos do nosso mundo de formas, não conhecemos o mundo causal dos efeitos que nos cercam, os quais constituem para nós matéria imponderável em sua substância.
Se para o nosso olhar existem seres invisíveis, também para o deles existem, em modalidade de vida que ainda estudam em seus primórdios, porquanto os planos da evolução se caracterizam pela sua multiplicidade dentro do infinito.
Aqui reconheço quão sublime é a lei de liberdade das consciências, e dessa emancipação provém a necessidade do aprendizado.
O Progresso é isolado nos seres. As ciências, a virtude, a inteligência não constituem patrimônios eventuais do homem, conforme podemos observar; semelhantes atributos só se revelam, nos organismos dos gênios, os quais representam a súmula de extraordinários esforços individuais, em existências plurais de sacrifícios, abnegação e trabalho constantes. Todos nós portanto, laboramos insuladamente, na aquisição dessas prerrogativas, de acordo com as vocações naturais, dentro das lutas na vida.
Paulatinamente, vencemos imperfeições, aparamos arestas, aniquilamos defeitos em nossas almas, norteando-a para o progresso, último objetivo de todas as nossas cogitações comuns.

Ao final deste estudo, não consigo ainda imaginar quem ainda não consegue compreender, sejam pelos fatos lógicos que ela encerra, seja pelas próprias escrituras que a confirmam. Basta analisarmos racionalmente nossas tendências boas ou más para termos uma ideia de quem somos. Ainda podemos ver em que áreas temos facilidade de aprendizado, confirmando que já conhecíamos o assunto.
E ainda hoje, somente não acreditarão aqueles que ainda se encontram em ignorância espiritual ou aqueles que não aceitam a tese da pluralidade das existência por interesse pessoal ou dogmático, preconceito, medo.

Termino com as palavras de Jesus que soam alto aos nossos corações e que provam a o estudo: “E, se o quereis reconhecer, ele(João Batista) mesmo é Elias, que estava para vir. Quem tem ouvidos para ouvir, ouça.”
Eu acrescento leiam e estudem. Disciplina! Mas, não deixemos de viver as dádivas da vida.

sexta-feira, 16 de setembro de 2011

ENQUANTO TEMOS TEMPO

Enquanto lamentamos que a vida é curta, agimos como se tivéssemos à nossa disposição um stock inesgotável de tempo.
Esperamos demais para dizer as palavras de perdão que devem ser ditas, para por de lado os rancores que devem ser expulsos, para expressar gratidão, para dar ânimo, para oferecer consolo.
Esperamos demais para ser generosos, deixando que a demora diminua a alegria de dar espontaneamente.
Esperamos demais para ser pais de nossos filhos pequenos, esquecendo como curto é o tempo em que eles são pequenos, como depressa à vida os faz crescer e ir embora.
Esperamos demais para dar carinho aos nossos pais, irmãos e amigos. Quem sabe se logo não será tarde demais? que estão esperando para alargar nossa mente, enriquecer nosso espírito e expandir nossa alma.
Esperamos demais para ler os livros, ouvir as músicas, ver os quadros
Esperamos demais para enunciar as preces que estão esperando para atravessar nossos lábios, para executar as tarefas que estão esperando para serem cumpridas, para demonstrar o amor que talvez não seja necessário amanhã.
Esperamos demais nos bastidores, quando a vida tem um papel para desempenhar no palco.
Deus também está esperando.
Esperando nós pararmos de esperar.
Esperando nós começarmos a fazer agora tudo aquilo para a qual este dia e esta vida nos foram dados.
Meus amigos: É hora de viver!

(Henry Sobel)

quinta-feira, 15 de setembro de 2011

A FABULA DO CAVALO E O PORCO.

Um fazendeiro colecionava cavalos e só faltava uma determinada raça. Um dia ele descobriu que seu vizinho tinha este determinado cavalo. Assim, ele atazanou seu vizinho até conseguir comprá-lo. Um mês depois o cavalo adoeceu, e ele chamou o veterinário que disse:
- Bem, seu cavalo está com uma virose, é preciso tomar este medicamento durante três dias. No 3º dia eu retornarei e caso ele não esteja melhor será necessário sacrificá-lo.
Neste momento, o porco escutava a conversa.
No dia seguinte, deram o medicamento e foram embora. O porco se aproximou do cavalo e disse:
-Força amigo, levanta daí senão será sacrificado!!!.
No segundo dia, deram o medicamento e foram embora. O porco se aproximou novamente e disse:
- Vamos lá amigão, levanta senão você vai morrer! Vamos lá, eu te ajudo a levantar.

Upa! Um, dois, três...
No terceiro dia, deram o medicamento e o veterinário disse:
- Infelizmente vamos ter que sacrificá-lo amanhã, pois a virose pode contaminar os outros cavalos.
Quando foram embora, o porco se aproximou do cavalo e disse:
- Cara, é agora ou nunca! Levanta logo, upa! Coragem! Vamos, vamos! Upa! Upa! Isso, devagar! Ótimo, vamos, um, dois, três, legal, legal, agora mais depressa, vai....fantástico! Corre, corre mais! Upa! Upa! Upa! Você venceu campeão!!!.
Então, de repente o dono chegou, viu o cavalo correndo no campo e gritou:
- Milagre!!! O cavalo melhorou, isso merece uma festa!Vamos matar o porco!.

Pontos de Reflexão: Isso acontece com freqüência no ambiente de trabalho. Ninguém percebe qual é o funcionário que realmente tem mérito pelo sucesso, ou que está dando o suporte para que as coisas aconteçam.

SABER VIVER SEM SER RECONHECIDO É UMA ARTE !

Se algum dia alguém lhe disser que seu trabalho não é o de um profissional, lembre-se: amadores construíram a Arca de Noé e profissionais o Titanic.

PROCURE SER UMA PESSOA DE VALOR, AO INVÉS DE UMA PESSOA DE SUCESSO!

Fragmentos

Não será lícito ignorar o serviço prestado por uma grande quantidade de elementos que, mesmo não sendo percebidos ou considerados, porque pequenos ou ocultos, tornam-se sustentáculos ou suportes de realizações que se revestem de importância, sem que ninguém se dê conta do que lhes está por detrás, aprumando o seu desempenho feliz.
Não olvidemos, todavia, a participação oculta de mãos amigas e vozes atenciosas, de sorrisos fraternais ou de látegos sibilantes, de guardiães invisíveis e do suporte familiar, da saúde débil ou da robustez física, da carência geral ou da facilidade económica, e tantos outros participantes pouco notados, que contribuem e instigam o indivíduo para atingir segurança através dos seus caminhos.

quarta-feira, 14 de setembro de 2011

Umabrevevisão

Para quem da vida apenas vê o lado material, a sofreguidão pela conquista dos bens terrenos e a inquietação ante os problemas constituem razões prioritárias.
Colocando na morte o termo da vida, todas as cogitações transitam no círculo estreito dos interesses imediatos, sem encontrar motivação para mais amplos e audaciosos voos do pensamento.
Em decorrência, os interesses giram no estreito espaço das paixões dissolventes e inquietantes.
Todas são questões de efémera duração, pela própria conjuntura em que se situam.
A dor, os problemas, em tais casos se apresentam como desgraças.
Os caprichos não atendidos e os desejos não supridos tornam-se razão de desdita e loucura.
É muito diminuta a visão da vida sob a colocação da realidade corporal.
Quando o homem considera a vida uma oportunidade valiosa de crescimento moral e de conquista dos valores eternos, bem diversas são as colocações filosóficas em que se movimenta.
Os sofrimentos adquirem um significado próprio dos quais retira valiosos recursos de paz e temperança para uma vivência útil.
O fardo dos problemas se dilui ante uma atitude correcta de considerar as dificuldades e sublevá-las, solucionando cada uma conforme esta se apresente.
Advém, então, um natural desapego aos bens físicos, por entender quão transitória é a posse e como varia de mãos em breve tempo...
Um sentimento de solidariedade espontânea toma corpo nas atitudes, propiciando alegria de servir e, ao mesmo tempo, dilatando os objetivos do existir.
Evite impressionares-te em excesso com as posições breves da pobreza e da fortuna, da saúde e da enfermidade, da juventude e da velhice...
Considera a vida sob o ponto de vista global - no corpo e fora dele -, assim adquirindo harmonia íntima e real visão das suas finalidades.

Atribui a cada facto, acontecimento, questão, o valor que realmente mereça, tendo em vista a curta duração do corpo e a destinação do Espírito.
Descobrirás, então, como agir e superar os limites, seguindo, tranquilo, na direção do destino ideal.
Muita Paz a Todos.
Ilídio Lima, por 'Douta Ignorância'.

domingo, 11 de setembro de 2011

domingo, 11 de setembro de 2011


Sociedade Solidária

Sociedade solidária - (Fragmentos)


Há muito que o processo de modernização da sociedade transformou a experiência coletiva em espaço do "interesse económico", da "luta pela sobrevivência", da "Cultura de consumo", da "incontrolável corrida tecnológica" e da "disputa por poder político, ideológico e social". Este lugar exótico de "convívio social", também chamado de "megalópoles ou grandes centros urbanos", esta "Arca de Noé globalizada" parece ter integrado ao seu mundo pessoas, trabalho, capital, objetos de consumo, tecnologias, desigualdades económicas, sem no entanto, preocupar-se em incluir neste espaço de relações humanas as normas da solidariedade e da fraternidade.
Este vácuo de solidariedade, no dia-a-dia dos grandes centros urbanos, pode ser identificado facilmente na intolerância com as minorias étnicas, económicas e sexuais, na indiferença com os desassistidos na saúde e educação, na violência do trânsito, na fome e na miséria extrema, na apatia social com relação ao suicídio, a solidão e a dor emocional, que passam ignoradas.
Neste momento histórico, em que parece surgir efetivamente a "Sociedade mundial", deflagrada pela força do processo de globalização económica, tecnológica e étnica (sociedades-em-rede), um paradigma novo se apresenta: a certeza que os caminhos que levam a uma comunidade justa e saudável, passa pela formação da Sociedade solidária.
É a força de um movimento de solidariedade que assume as questões sociais a partir de valores éticos (não estratégico económico), tais como a valorização da vida, o amor, a cidadania e o espírito de respeito mútuo.

quarta-feira, 10 de agosto de 2011

Socialmente Falando

A Sociologia contemporânea procura situar a luta de classes dentro do Tomismo, do Marxismo ou do Comunitarismo, esta nova escola social surgida há pouco.
Mas, uma Sociologia, seja qual for, que não resolvesse também as situações éticas e psicológicas do indivíduo, jamais representaria uma solução para o drama geral que a Humanidade vive.
Todas as doutrinas económicas e sociais serão impotentes para reformar o mundo e minorar os males da humanidade, porque sua base é demasiado estreita e elas colocam apenas na vida presente a razão de ser, a finalidade, o objetivo desta vida e de todos os nossos esforços.
Para extinguir o mal social é necessário elevar a alma humana à consciência de seu papel, fazê-la compreender que sua sorte depende dela própria, e que sua felicidade sempre será proporcional à extensão dos seus triunfos sobre si mesma e sua abnegação para com os demais.
A questão social será resolvida quando o altruísmo substituir o personalismo exclusivista e estreito.
"Sob o influxo da negação do porvir individual, tudo se reduz, fatalmente, às mesquinhas proporções do momento e da personalidade

sábado, 26 de fevereiro de 2011

"Os Verdadeiros donos do Mundo"

“OS verdadeiros Donos do Mundo”.
Concordo com o Sr Luiz Fernando Lima Reis, diretor de pesquisa do Instituto Sírio-Libanês de ensino e pesquisa quando diz: “É preciso mostrar dados epidemiológicos, contextualizá-los e explicar que MUTAÇÃO de vírus sempre acontece. Assim como o segredo para combater a desinformação é insistir na informação”. O mesmo se dar para, combater disseminação é insistir em desinfecção.
O vírus A (H1N1) não pode é se transformar em A (H1NN) ou elevado a 10ª potência. “Só Deus sabe o que pode uma MITOCÔNDRIA”, já que para estes seres (microorganismos), Eu como ser humano não passo de um Sundae Gigante do ponto de vista das bactérias, que vírus mais letais são cria da civilização. De qual civilização? A nossa ou a deles?
O problema do nosso século é maior do que o século passado, mais não em relação espaço-tempo por assim dizer. Em meados dos anos 90, estudos realizados por vários colegiados de pesquisas, tanto dentro como fora de nosso pais, vem despertando a nossa atenção no que diz respeito à infecção Nosocomial. “Sabia-se que antes era só isolar uma enzima e criar uma vacina e controlar uma epidemia de um determinado vírus”. Mais isso era quando um vírus ou bactéria, passava de animais para ser humano, como ainda ocorre (PROCESSO NATURAL NA LEI DE PROGRESSO), mas hoje é de ser humano para ser humano, e sem a necessidade de uma única porta de acesso. Até onde se sabe e com tantas informações ao mesmo tempo, não se sabe de onde veio, por onde entrou, ou de onde saiu a A (H1N1), entre outras. Que o vírus A (H1N1), é um vírus letal, sem duvida, por que, como fala o Sr Vecina Neto, a capacidade de transmissão deste vírus é maior. Mais veio com tanta força de onde?
Então como dito antes, desde os meados dos anos 90, estudos mostram que a despeito dos avanços tecnológicos em relação ao desenvolvimento de drogas de maior potência antibacteriana (MILHÕES EM RECEITA DA INDÚSTRIA FARMACEUTICA COMO SEMPRE), Suas características naturais de resistência, as mantêm em papel de destaque referente às dificuldades terapêuticas. O difícil controle na disseminação da mesma (FALO DAS BACTERIAS MULTI-RESISTENTES) me ocorre em pensamento de raciocínio lógico. “Será que estamos alimentando estes seres?
Sim! Porque noto que continuamos contribuindo como sempre para que estas aberrações da natureza Macro e Micro cósmica venham aumentando e com mais e mais resistência.
Quero lembrar que só Deus sabe o poder de uma mitocôndria como dito antes.
A microbiologia tem contribuído ao entendimento epidemiológico desses eventos, ao identificar a origem clonal das bactérias, permitindo correlacionar eventuais fatores, como: Colonização e infecção, Contaminação Ambiental, Mudança do padrão de sensibilidade antimicrobiana, além de outros. Podendo ocorrer Mutação sim. Lembra da historinha da mitocôndria? È, ela existe e pra um bom entendedor meia palavra basta, vero. Porém, sabendo-se de tudo isso e por um bom tempo estamos sendo avisados desses acontecimentos e por diversos meios (FÍSICOS, QUÍMICOS, PSICOS, ESPIRITUAIS, ETC; ETC; ETC.), A infecção nosocomial vem sendo pouco observada, já que é o maior cativeiro do mundo de bactérias multi- resistente de vários clãs e que se interagem muito bem! Imagina mitocôndrias com patas, estamos extintos! Ainda mais quando temos um sistema de saúde publica doente a mais de duas décadas. Fora provado, e por diversos meios de estudos e pesquisas, que o tempo de permanência hospitalar prévio ao isolamento do microorganismo, a exposição a antibióticos, o uso de drogas, imunossupressoras, a granulocitopenia, o não cumprimento de normais básicas de CCIH, o surgimento de Infecção cruzada, apresentam correlação estatisticamente significante, com o desenvolvimento de infecções nosocomiais, por diversos microorganismos.
Há, na região metropolitana do Recife, unidades de saúde, com condições dinâmicas para o surgimento de novas CEPAS de origem clonal diferentes, disseminadas nos complexos e unidades de saúde dos Estados.
Eles Nunca desapareceram, continuam a migrar e podem voltar a qualquer momento.
Atenção!!!!