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sábado, 19 de novembro de 2011

Piegasdemotecnocracia

                             “ Duas estradas se bifurcaram no meio da minha vida,
                                                        Ouvi um sábio dizer.
                                              Peguei a estrada menos usada.
                                E isso fez toda a diferença cada noite e cada dia.”

Muitas vezes, em vários momentos, vem-me à mente interrogações a tudo que leio, ouço, vejo, sinto, enfim, com relação a situação atual de “nosso” estado. (pois este não se enquadra a todos) Pode parecer repetitivo e de fato o é, mais infelizmente não se fala em outro assunto. Até tenta-se, mas acaba por dar ao mesmo.

Vejo uma bola de neve, também por muitos chamadas de zona de contágio, a crescer sem proporção, sem medidas. Contágio de fecho, encerramento, insolvência das empresas e das pessoas. “Contágio de ruína económica da Europa “.

Mas, Portugal vai bem como disse o então senhor ministro: A crise acaba em 2012. (Se é no início ou no fim ninguém sabe, nem mesmo o próprio idiota sabe. )
O presidente da republica diz não..só em 2013. Índices e gráficos e suas ene teorias controversas, convergem-se sucessivamente a 3 décadas. Ouço o mesmo com relação a mesma? Não! É o eco triplicando num desfiladeiro anunciado. Estas declarações hora aqui, hora acolá, como disse bem o frei Fernando Ventura, em uma entrevista a SICnotícias. São de pessoas que vivem como Alice. Sim! De Alice no Pais das Maravilhas.

As mentiras e aldrabices continuam a surgir de forma chocante. A estas “Alices” digo bem que cá na terra trabalho é todo dia, levantar, quebrar paredes, matar a fome, matar a sede.

Todavia, não concordo com tudo que foi dito,
"colocar profissionais na política em vez de políticos profissionais". Isso apenas revela a fragilidade moral com a qual encontra-se hoje todos os nosso políticos, nós mesmos, a própria democrática. Pois, se eleições e nem mesmo plebiscitos podem ser anunciados, seria isso a mais nova “blasfémia” mundial? Mas parece-me uma forma técnica de censurar a opinião pública. Surge no ar uma pseudo-ditadura?

Grécia, berço da democracia. Desolada e perdida novamente nas mãos dos alemães.

Li, duas cartas abertas esta semana na web. Um Alemão escreve para um Grego, onde este responde, evidente, ao ler as duas: Pensei que os nazis não mais descem trabalho, mas pelo que entendi, é que estes anticristo ainda reproduzem-se.
  Agora a Itália. Portugal escapou por pouco, antecipou eleições e continua a deixar-se conduzir como cobaia Franco-Alemã. Tentando encontrar saída desta catástrofe.

Os chamados tecnocratas só observam os números e se os seus estratagemas estão surtindo efeito, embora que para isso tenha que sacrificar milhões de pessoas, se possível uma nação inteira até acertarem, um exemplo claro sobre a tecnocracia dentro da governabilidade em uma nação foi a seguinte: O Citigroup, que por décadas foi a mais corrupta das corporações financeiras dos Estados Unidos. Ele foi repetidamente resgatado pelos contribuintes: nos primeiros anos do governo Reagan e novamente agora. Não vou me ater à corrupção. Vocês provavelmente sabem, e é espantoso. Alguns anos atrás, eles criaram uma oferta para investidores. Desejavam atrair quem tivesse interesse de colocar dinheiro no que chamaram de “índice plutonomy” [um híbrido de plutocracia e economia (nota da tradução)]. Diziam que o “índice plutonomy” era uma forma de superar os rendimentos do mercado de ações.
E quanto ao resto da sociedade? Nós os deixamos à deriva. Nós não nos importamos realmente, nem precisaremos deles. Eles precisam estar por perto para providenciar um Estado poderoso para nos proteger e para nos resgatar, quando estivermos com problemas. Mas, essencialmente, eles não têm função. Por vezes, são chamados de precariado, pessoas que vivem uma existência precária na periferia da sociedade. Só que não é mais a periferia; está se tornando uma parte substancial da sociedade nos Estados Unidos e também em outros países, Portugal, Grécia, Irlanda, Espanha, Itália, França e logo mais Alemanha. Será?

Segundo o sociólogo Guy Rocher, a internacionalização se refere às trocas económicas, políticas, culturais entre nações, e às relações que daí resultam, pacíficas ou conflituosas, de complementaridade ou de concorrência.
Neste breve conceito apresentado, é sempre bom recordar factos históricos, sempre necessários para uma melhor compreensão, chamando em particular para o trecho [] às relações que daí resultam, pacíficas ou conflituosas [ ]
A globalização tem suscitado grandes movimentos de contestação social, sobretudo pela noção que provoca de que os países ricos vão subjugar ainda mais os países pobres, sem capacidade de resistência ou reacção.
Mas o problema coloca-se também dentro dos países mais agressivos, onde as empresas entre si vão pelejar por mercados cada vez mais concentrados e com enorme capacidade reivindicativa e negocial.
Uma coisa é certa nos nossos dias - não somos mais insensíveis em termos morais, pessoais, culturais, emocionais e económicos àquilo que se passa do outro lado do Mundo. As distâncias deixaram de ser factor de separação ou barramento de influências. A nossa era coloca-nos, de facto, numa aldeia global.
O inevitável chegou, e não foi só desde ontem.

É sabido por muitos, que vários problemas atingiam as principais nações europeias no início do século XX. O século anterior havia deixado feridas difíceis de curar. Alguns países estavam extremamente descontentes com partilhas ocorridas no final do século XIX. Alemanha e Itália, por exemplo, haviam ficado de fora no processo neocolonial. Enquanto isso, França e Inglaterra podiam explorar diversas colónias, ricas em matérias-primas (Qual a principal matéria prima hoje e a de amanhã do mercado? Brent). e com um grande mercado consumidor. A insatisfação da Itália e da Alemanha, neste contexto, pode ser considerada uma das causas da Grande Guerra.
Vale lembrar também que no início do século XX havia uma forte concorrência comercial entre os países europeus, principalmente na disputa pelos mercados consumidores. Esta concorrência gerou vários conflitos de interesses entre as nações.
Passado um século, cá estamos e vem a pergunta, as referidas interrogações. Estes conflitos e concorrências na disputa secular como vem sendo observada? Penso! Devo mesmo relatar fatos históricos ou isso esta sendo de minha consciente mente perversa? Terrorista ideológico? A mente fervilha! Ao começar a recordar aulas de outrora, eis que me lembro do tratado de Versalhes, marcando então a vitória da então Entente (Fr.) Este mesmo tratado teve repercussão influenciadora na Segunda Guerra.
(comentário da semana: A UE quer rever o tratado de Lisboa, onde talvez com esta manobra possa alterar alguns tópicos para uma retomada da soberania da bendita moeda Euro, pois não trata-se dos países e sim da moeda. Esta é a que importa e nada mais).
Não obstante, todos os tratados e pactos em favor da tranquilidade europeia, nunca, como agora, foi a paz social aqui tão vilipendiada. (O tratado de versalhes e os acordos de Locarno nada mais foram que fenómenos diplomáticos da própria guerra em perspectiva. Nunca houve um propósito sincero de fraternidade e equidade nessas alianças).

A guerra pode ter já recomeçado

A inflamada declaração de Angela Merkel, numa entrevista à televisão pública alemã, ARD, em que sugere a perda de soberania para os países incumpridores das metas orçamentais, bem como a revelação sobre o papel da célebre família alemã Quandt, durante o Terceiro Reich, ligam-se, como peças de puzzle, a uma cadeia de coincidências inquietantes. Gunther Quand
foi, nos anos 40, o patriarca de uma família que ainda hoje controla a BMW e gere uma fortuna de 20 mil milhões de euros. Compaghon de route de Hitler, filiado no partido Nazi, relacionado com Joseph Goebbels, Quandt beneficiou, como quase todos os barões da pesada indústria alemã, de mão-de-obra escrava, recrutada entre judeus, polacos, checos, húngaros,
russos, mas também franceses e belgas. Depois da guerra, um seu filho, Herbert, também envolvido com Hitler, salvou a BMW da insolvência, tornando-se, no final dos anos 50, uma das grandes figuras do milagre económico alemão. Esta investigação, que iliba a BMW mas não o antigo chefe do clã Quandt, pode ser a abertura de uma verdadeira caixa de Pandora. Afinal, o poderio da indústria alemã assentaria diretamente num sistema bélico baseado na escravatura, na pilhagem e no massacre. E os seus beneficiários nunca teriam sido punidos, nem os seus empórios desmantelados.
As discussões do pós-Guerra, incluíam, para alguns estrategas, a desindustrialização pura e simples da Alemanha - algo que o Plano Marshal, as necessidades da Guerra Fria e os fundadores da Comunidade Económica Europeia evitaram. Assim, o poderio teutónico manteve-se como motor da Europa. Gunther e Herbert Quandt foram protagonistas deste desfecho.

O Presidente dos Estados Unidos afiançou esta quinta-feira, perante o Parlamento australiano, em Camberra, que a máquina de guerra do seu país está na região da Ásia-Pacífico “para ficar”. Recebido com entusiasmo, Barack Obama teve portas abertas para a oficialização de uma base militar norte-americana em Darwin, no norte da Austrália. Para consumo da diplomacia chinesa, Obama ressalvou que vai “procurar mais oportunidades de cooperação com Pequim”. Mas o incómodo na cúpula do colosso asiático foi inevitável.A partir de 2012, vai ser visível o crescimento do músculo do Pentágono na Ásia. Unidades de Marines, vasos de guerra e aviões de combate darão corpo a uma base militar norte-americana no norte da Austrália. Até 2016 a presença das Forças Armadas dos Estados Unidos naquele país traduzir-se-á em 2500 operacionais. Quando comparado com as forças estacionadas no Japão e na Coreia do Sul, que ascendem, respetivamente, a 50 mil e a 28 mil soldados, o número é curto. Estrategicamente, porém, é significativo: a base de Darwin, a 820 quilómetros da Indonésia, permitirá intervenções mais ágeis no sudeste asiático e no Índico, aproximando, ao mesmo tempo, o armamento de Washington do Mar da China Meridional. (Entre tropas)A caminho da Indonésia, Barack Obama fez uma escala no porto de Darwin, onde arregaçou as mangas para falar a dois mil soldados dos Estados Unidos e da Austrália.

“Foi aqui em Darwin que a nossa aliança nasceu durante o Pearl Harbor da Austrália”, disse o Presidente norte-americano, num discurso repercutido pela agência Reuters.

Os políticos chamados de democratas, que ainda respiram democracia mesmo com toda a falta de ética profissional e moral, são um pouco mais humanóides que os tecnocratas, ainda respiram gente. Encontra-se também, referido por uns e outros o Piegocrata, que é os que choram e lamentam as perdas dos sistemas que criaram. A Piegademotecnocracia.
Chego a ler alguns comentários a respeito desta entrevista de alguns mas eufóricos a dizer:
para quem diz que "nós temos demasiados denunciadores" continua a denotar-se um discurso extremadamente denunciador. no fim diz que o que é necessário é formar consciências e "gritar que o rei vai nu". afinal em que ficamos? não, o que é preciso não é gritar que o rei vai nu, o que é preciso é encontrar um novo rei e vesti-lo como achamos que ele se deve vestir. dar o exemplo. se frei ventura diz que é preciso um novo modelo social então que aproveite o seu tempo de antena para o apresentar!
Agostinho da silva, Eduardo Lourenço, Medina carreira. frei Fernando ventura é uma espécie de best of de todos estes autores... nada de novo. tudo o que diz já foi dito. infelizmente. tem muita razão, mas limita-se a dizer o que outros já disseram, sem lhes acrescentar nada. se diz que é preciso um novo modelo social então que faça alguma coisa para o criar. não ajuda em nada dizer que tudo está mal sem fazer propostas. claro que propor é muito mais difícil que criticar, mas o que falta fazer é isso! fazer!(C.L.)

Nunca deixaram não é hoje que vão ceder. Porém, as vozes e mãos não calam nunca.
Adormecem. Ficam a espreita, esperando permissão para cantar e aplaudir. Assim como no jogo da seleção nacional. Como é bonito ouvir o hino nacional no inicio e no fim do jogo para o apuramento da equipe no euro 2012. Não vê-se o mesmo, não vê-se a mesma nação empolgada para socorrer pelo menos com o hino, quando muitos caem ao desemprego e a situação de calamidade quando saem as ruas em “protesto”. Isso já seria uma solução das muitas que se abrilhantam e que nem se quer ao menos deixam refletir. Assim começou o movimento occupy.




Há uma frase de Marx: “A tarefa não é compreender o mundo, mas transformá-lo”.

Há uma variante que deveria ser considerada: “Se você quer mudar o mundo numa direção qualquer, você precisa tentar compreendê-lo antes”. Assim como disse Agostinho da Silva - Como nada entenderam do passado, nada podem sonhar para o futuro.


Eu, acrescento que - Compreendê-lo não significa ouvir uma fala ou ler um livro, embora isso seja útil. A compreensão vem do aprendizado. O aprendizado deriva da participação. Aprende-se com os outros. Aprende-se com as pessoas que estamos tentando organizar. É preciso conquistar experiência e compreensão necessários para tornar possível implementar ideias e táticas.
Ilídio Lima, por 'Douta Ignorância'.

3 comentários:

  1. Aceita uma parceria com o meu blog?
    http://musicacomsom.blogspot.com/
    cumps ...

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  2. Têm algum banner? é que não me importo em meter no meu e até tenho um... já agora onde tenciona meter o meu link??

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