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quinta-feira, 31 de janeiro de 2013

Os Donos do Mundo


Em 1984, três Slogans dominaram a sociedade: guerra é paz, liberdade é escravidão e ignorância é força. O Slogan de hoje, “guerra contra o terrorismo”, inclui igualmente uma inversão de significado. A guerra É terrorismo. A arma mais potente nesta guerra é a pseudo-informação, que difere, relativamente as descrições de Orwell (Referência à obra de George Orwell, The Road to Airstrip One.), unicamente na forma, atirando para o esquecimento verdades inaceitáveis e o senso comum histórico. A dissidência é permissível dentro de limites “consensuais”, reforçando a ilusão de que a informação e o discurso são “Livres”.
 Os ataques de 11 de setembro de 2001 não “mudaram tudo”, mas aceleraram a continuidade dos acontecimentos, proporcionando um extraordinário pretexto para destruir a democracia social. Fazem parte da redução da democracia ao ritual eleitoral: isto é, à competição entre partidos, impossíveis de distinguir, pela administração de um Estado de ideologia única. Cruciais para o crescimento deste “Estado empresarial” são os conglomerados de comunicação social, detentores de um poder sem precedentes, incluindo Imprensa e Televisão, publicação de livros didáticos, produção cinematográfica e bases de dados. Eles fornecem um mundo virtual de “eterno presente”, como o designou a revista Time: Política via média, guerra via média, justiça via média e mesmo luto via média (princesa Diana).
A “economia global” constitui o seu mais importante empreendimento de comunicação social. Á superfície, designa transações financeiras instantâneas, telemóveis (celular), McDonald´s, Starbucks, férias marcadas pela Internet. Sob este brilho, porém, representa a globalização da pobreza, um mundo em que a maior parte dos seres humanos nunca realiza uma chamada telefónica e vive com menos de dois dólares por dia, um mundo em que 6000 crianças morrem todos os dias de diarreia, devido ao fato de a grande maioria delas não dispor de acesso a água potável. Neste mundo, que “não é observado” pela maioria dos habitantes do Norte global e de alguns Países do hemisfério Sul, um sofisticado sistema de rapina forçou mais de noventa países, desde os anos 80, a programas de “ajustamento estrutural” (Brasil entrou direitinho), alargando como nunca até, o fosso entre ricos e pobres. Este sistema é designado pelo termo, “ Construção de Nações” e “bom governo”, pelo quarteto que domina a Organização Mundial de Comércio (EUA, Europa, Canadá e Japão) e pelo triunvirato de Washington (Banco Mundial, Fundo Monetário Internacional e Departamento do Tesouro dos EUA), que controlam até mesmo aspectos de pormenores das políticas governamentais dos países em vias de desenvolvimento. A promover tudo isso estão as empresas de comunicação social multinacionais, tanto americanas como europeias, entre outras (globo, recorde, etc.), proprietárias ou gestoras das principais fontes de informativas a nível mundial. Estas transformam uma grande parte da “sociedade da informação” numa era dos médias na qual uma extraordinária tecnologia permite a repetição incessante de informação politicamente “segura” que é aceitável para os “construtores de nações”.
 Tudo isso foi e tem sido, dia apos dia relatado na comunicação social como uma “demonstração da razão que nos assiste”, um “triunfo das ideias”, do Mal sobre o Bem, acompanhado de um coro de editorialistas, e dos habituais colunistas frívolos, a exigir a retratação dos que se atrevem a desafiar a propaganda. Na verdade, nenhum dos diretamente implicados no ataque de 11 de setembro era afegão; na sua maioria, eram sauditas, treinados em França, Alemanha e EUA, e nenhum foi conduzido à justiça; no entanto, milhões de pessoas inocentes, habitantes de insignificantes aldeias poeirentas, foram sujeitas à pena capital, sem direito a julgamento, à maneira do Texas, e muitas mais serão estropiadas ao longo dos anos por dezenas de milhares de bombas de fragmentação não detonadas. Que os camponeses afegãos tenham o mesmo direito à vida que os nova-iorquinos, ingleses, franceses é proibido mencionar – um sacrilégio. Por outras palavras, certas vidas humanas têm mais valor do que outras, e só a matança de um determinado conjunto de civis é considerada crime. Os terroristas de Bin Laden e os de Bush, são os mesmos de al-Assad e Obama, sustentam-se ambos em velhas mentiras. A “Operação Ciclone” da CIA treinou e armou 35 000 zelotas que se transformaram nos “Terroristas”.

(FBI + CIA = Faz Bem Criar Inimigos, os Amigos)
O governo da primeira-ministra Margaret Thatcher apoio a jihad (financiada pelos americanos) com maior entusiasmo”. O custo para o “contribuinte americano” foi de 4 mil milhões de dólares.
Não foi crime assassinar para cima de meio milhão de camponeses com bombas largadas secreta e ilegalmente no Camboja, acendendo o rastilho de um holocausto asiático. Não foi crime Clinton, Bush, Blair e os seus antecessores conservadores haverem causado a morte no Iraque de “mais gente do que foi morta por todas as armas de destruição maciça da História. Utilizando seções das imprensas americana e britânica como “condutas”, os serviços secretos americanos e suas coligações europeias construíram aquilo que a CIA chamou, na Indochina, uma “ilusão mestra”. Era essa a verdadeira ameaça das “armas de destruição maciça” iraquianas.

Em Washington, a “Junta do Petróleo e do Gás” é cada vez mais influenciada pela comissão de Política de Defesa, o grupo reúne a extrema-direita da política americana, sendo responsável pela inspiração por trás da “guerra ao terrorismo”, em especial do conceito de “guerra total”.
“… Esta conversa toda a cerca de irmos primeiro tratar do Afeganistão, depois, do Iraque, de seguida olharmos em volta e vermos em que pé estão as coisas. Está é a maneira mais errada de fazer as coisas… se deixarmos a nossa visão do mundo ir para frente, se nos dedicarmos totalmente a ela, e se deixarmos de nos preocupar em praticar diplomacia elegante, mas simplesmente desencadearmos uma guerra total… daqui a uns anos os nossos filhos cantarão hinos em nosso louvor.” – Richard Perle, especialista em planeamento da Administração Reagan durante a Guerra Fria.
A “guerra ao terrorismo” ou o “bombardeamento de um substantivo abstrato”. – ex-membro dos Monty Python, Terry Jones. (Existe uma lógica perfeitamente compreensível no empreendimento americano de conquista do mundo, faz parte desta lógica, constituir o substituto longamente procurado da “ameaça vermelha.”Justificando uma situação permanente de pé de guerra e paranoia e a construção da maior máquina de guerra de todos os tempos: o Programa Nacional de Mísseis Defensivos. Este programa, afirma o Comando Espacial dos EUA, permitirá assegurar a “dominação completa” do mundo).
Sente-se nisso o eco do “Reich de mil anos”.
A História deixa-nos uma melhor elucidação neste processo que estende-se novamente em mentiras e no derramamento de sangue de vítimas inocentes. Referente ao mais novo ditador al-Assad e seus opositores (mercenários contratados como sempre, para os “Construtores de Nações”).
Com a eclosão da Primeira Guerra Mundial, o Emir Faisal foi proclamado rei da Grande Síria, como um desdobramento da Revolta Árabe, na época, as intenções da França e do Império Britânico eram desconhecidas, mas, por meio do Acordo Sykes-Picot, Paris e Londres haviam divido o crescente fértil deixando a Síria e o Líbano sob controle/influência francesa, enquanto que o Império Britânico exerceria controle/influência sobre a Palestina, a Jordânia e o Iraque.
Em 1920, a França ocupou militarmente o país, forçando a retirada de Faisal. Dois meses depois, a Síria foi dividida em cinco Estados coloniais: Grande Líbano (que agregava outras regiões ao território do Pequeno Líbano), Damasco, Alepo, Djabal Druza e Alawis (Latakia); sendo que os quatro últimos foram reunificados em 1924.
Até 1932, o país viveu em relativa tranquilidade, naquele ano foram eleitos o presidente e o parlamento, mas a França deixou clara sua intenção de não permitir uma grande autonomia interna. A negativa francesa engendrou a agitação e conflitos, que cessaram em 1936 com um acordo onde os franceses reconheceram a justiça das reivindicações dos sírios, sendo que a principal delas era a reunificação com o Líbano, entretanto, esse acordo nunca foi ratificado, o que causou mais agitação que culminou em 1939 com a renúncia do presidente sírio e a suspensão da Constituição de 1930.
Em 1941, forças da França Livre em operação conjunta com o Império Britânico ocuparam a região destituindo do poder os colaboracionistas.
Em 1943 foram eleitos Chikri Al-Quwatti como presidente na Síria, e Bechara Al-Kuri como presidente do Líbano. Entretanto, quando Bechara defendeu a supressão de cláusulas da Constituição relativas ao domínio francês, tal atitude, levou tropas francesas a prendê-lo, junto com todo o seu gabinete, o que deu início a novos conflitos na Síria e no Líbano, que terminaram em março de 1946, quando a ONU ordenou a retirada das forças europeias e determinou o fim do domínio francês na região (Fonte, WEB).
Em 2 de dezembro de 1991, Hafez al-Assad foi reeleito pela quarta vez, com 99,98% dos votos, em um referendo, quinze dias depois o governo sírio libertou 2,8 mil membros da Irmandade Muçulmana que se encontravam presos por motivos políticos.
A Síria não participou dos Acordos de Oslo que permitiram o estabelecimento de uma Autoridade Palestina e a assinatura de acordos de Paz entre Israel e a Jordânia em julho de 1994, pois defendia uma solução global para o conflito árabe-israelense e exigia a retirada completa de Israel dos Territórios Ocupados desde a Guerra dos Seis Dias em 1967.
Em junho de 1995, tiveram início negociações formais para a devolução das Colinas de Golã à Síria que não tiveram êxito, pois Israel não abriu mão de manter indefinidamente uma presença militar limitada na região. Em outubro, um confronto entre o Hezbollah e tropas israelenses no sul do Líbano complicou a retomada das negociações.
Em novembro de 1997, em um contexto no qual aumentavam as possibilidades de uma nova intervenção militar norte-americana contra Iraque, ocorreu uma reaproximação com o Iraque, tal reaproximação fazia parte de uma estratégia contra a aliança turco-israelense, que, na época, estava em rápida consolidação. Em abril de 1998, o Irã juntou-se às negociações sírio-iraquiana sobre questões de segurança.
Precisamos de ganhar consciência dos letais critérios duplos vigentes, segundo os quais a “lei internacional” e a “comunidade internacional” não são frequentemente mais do que coutadas do Grande Poder, e não expressão da vontade da maioria. Os Estados Unidos podem formar um corpo expedicionário com a Grã-Bretanha, França, Itália e um ou mais comparsas subornados e chamar-lhe uma “coligação”, com o objetivo de ataques piratas a outros países, ao mesmo tempo que mais de 400 resoluções das Nações Unidas exigindo Justiça na Palestina não valem o próprio papel em que são impressas. (O governo da Líbia pediu uma reunião extraordinária do Conselho de Segurança da ONU, acusando os ataques da França e Estados Unidos de terem infringido as determinações firmadas pelo órgão ao determinar uma intervenção militar no país, informou o Bureau Popular Árabe Líbio em comunicado - Com essa agressão acabou o efeito resolução nº 1973 em relação à imposição de uma zona de exclusão aérea e tornou o direito da República Árabe da Líbia o uso de aviões militares e civis em autodefesa, após a França ter infringido o espaço de exclusão aérea - França começou ataques aéreos: Aviões franceses foram os responsáveis por disparar os primeiro tiros no que é a maior intervenção militar internacional no mundo árabe desde a invasão do Iraque em 2003, destruindo tanques e blindados em Benghazi, região dominada pelos rebeldes. Forças e aviões dos EUA participarão da operação de cinco países denominada Odyssey Dawn (Aurora da Odisseia, em tradução aproximada), ao lado de Reino Unido, França, Canadá e Itália. Cerca de 25 navios da coalizão, incluindo três submarinos dos EUA armados com mísseis Tomahawk, estão posicionados no Mediterrâneo, mostrou uma apresentação militar).

Aí está a “ Prima_Vera Árabe ou novamente “bombardeamento de um substantivo abstrato”.
Campanha de Sarkozy foi financiada por Khadafi, diz site: “documento do ex-chefe dos serviços de informação exterior da Líbia, Mussa Kussa, descreve um “acordo de princípio” para “apoiar a campanha eleitoral do candidato às eleições presidenciais Nicolas Sarkozy, com um montante de 50 milhões de euros”. O texto ainda diz que o acordo é resultado de uma “reunião ocorrida em 6/10/2006, da qual participaram, do nosso lado, o diretor dos serviços de informações líbio [Abdallah Senussi] e o presidente do Fundo Líbio de Investimentos Africanos [Bachir Saleh], e do lado francês, Brice Hortefeux e Ziad Takieddine”.

"Hortefeux é um antigo amigo de Sarkozy, que no seu governo virou ministro do Interior da França. Já o advogado do empresário franco-libanês Ziad Takieddine afirmou à reportagem do site que o homem “não estava presente na reunião indicada no documento”, mas que “ele acha que o documento é confiável, visto a data e as pessoas citadas”.
Necessitamos igualmente de reexaminar o uso corrente da palavra “Nós” e a sua apropriação por parte do Grande Poder. Se “Nós” vamos combater o terrorismo, então “Nós” termos que exigir aos Estados Unidos, Grã-Bretanha, França, Italia, Alemanha, Japão, Australia e seus comparças aliados (Israel, Árabia Saudita, etc.) que ponham termo ao terror que exercem no Médio Oriente, na Colômbia e em outras paragens. Só nessa altura “Nós” podemos fazer do mundo um local mais seguro." 

Um comentário:

  1. “EE.UU. es uno de los principales Estados terroristas del mundo según su propia legislación”, insiste el filósofo y una de las figuras más destacadas de la lingüística del siglo XX, el académico estadounidense Noam Chomsky.
    “He sacado las definiciones oficiales de terrorismo (…) que existen en la ley de EE.UU. y del Reino Unido. Son unas definiciones precisas, pero tienen un fallo: si las aplicas, resulta que EE.UU. es uno de los principales estados terroristas en el mundo”, explicó Chomsky a la cadena iraní Press TV.
    El lingüista detalló que está escribiendo sobre terrorismo desde 1981, desde que Ronald Reagan asumió la presidencia de su país y que siempre predijo que la guerra contra el terrorismo estaría en el centro de la mesa de la política de EE.UU. ParaChomsky, uno de los ejemplos de los “crímenes” de Washington fue la invasión a Irak en 2003.
    “EE.UU. y el Reino Unido intentaron proveer un tipo de excusa legal para la invasión. Apelaron, como se sabe, a que Saddam Husein no había cerrado el programa de armas de destrucción masiva”, comenta el lingüista y destaca que el hecho nunca pudo ser probado. Sin embargo, Irak tuvo que pagar muy caro una acusación puramente “imaginaria”.

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