Em meu ponto de vista, o “mau lavado” encontra-se em
reforma intima; este procurando educar-se, enquanto o sujo nem se lava.
“Não vos enganeis; as más conversações corrompem os bons
costumes.” — Paulo de Tarso.
Da mesma maneira, o viajante, no fundo de um vale
nevoento, não pode ver a extensão nem os pontos extremos da sua rota; mas,
chegando ao cume da montanha, seu olhar abrange o caminho percorrido e o que
falta percorrer, vê o final da sua viagem, os obstáculos que ainda tem a
vencer, e pode então escolher com mais segurança os meios de atingi-lo.
A conversação menos digna deixa sempre o traço da
inferioridade por onde passou, tanto para o agredido quanto para o agressor.
A
atmosfera de desconfiança substitui, imediatamente, o clima da serenidade. O
veneno das investigações doentias, ainda mais quando falseadas pela ignorância
de quem as profere; Espalha-se com rapidez.
Depois da conversação indigna, há sempre menos
sinceridade e menor expressão de força fraternal.
Em seu berço ignominioso, nascem os fantasmas da calúnia
e inveja que escorregam por entre as criaturas “santamente” intencionadas,
tentando a destruição de lares honestos; surgem as preocupações inferiores que
espiam de longe, enegrecendo atitudes respeitáveis; emerge a curiosidade
criminosa, que comparece onde não é chamada, emitindo opiniões desabridas,
induzindo os que a ouvem à mentira e à demência.
Educando-me estou por educado estar. Pura e simplesmente no
Presente do Indicativo Constante.
Meus Melhores cumprimentos,
Ilídio Lima
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