Não é que o artista e o pensador devam
aderir a este ou aquele sistema religioso, ou alistar-se sob determinada
bandeira filosófica; o que se faz mister é compreender a necessidade da tarefa
de espiritualização, trabalhando no edifício sublime do progresso comum,
colaborando na campanha de regeneração e de reforma dos carateres, auxiliando
todas as ideias nobres e generosas, em qualquer templo, facção ou casta em que vicejem,
espiritualizando as suas concepções, transformando a ação inteligente num apelo
a todos os espíritos para a perfeição, desvendando-lhes os segredos da beleza,
da luz, do bem, do amor, através da arte na Ciência e na religião, em suas
manifestações mais rudimentares.
Que todos operem na difusão da verdade,
quebrando a cadeia férrea dos formalismos impostos pelas pseudo-autoridades da
cátedra ou do altar, amando a vida na Terra com intensidade e devotamento,
cooperando para que se ampliem as suas condições de perfectibilidade,
convencendo-se de que as suas felicidades residem nas coisas mais simples.
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