Hoje
no retorno para casa, ao caminhar pela rua do passeio alegre, encontrei com um miúdo,
um jovem rapaz, filho de um casal amigo, vindo do liceu. Porém, um pouco fora
da hora; terminou as aulas há um tempo, não custa nada então acompanha-lo até
em casa, os pais na luta, hora suspeita, enfim. Sou pai também, um pouco de
cuidados nunca é demais; em tempos atribulados ao qual andamos.
Abordei
o indivíduo, tipo assim; dá o serviço, a casa caiu – Então meu… saindo agora da aula? Ele abriu um sorriso e
respondeu-me carinhosamente, como bem de sua natureza – vim da escola, mas não da aula. Como assim – repliquei – elucide-me, ainda não cheguei lá.
Percebi
no jovem mancebo, um ar maravilhado e continuei – estás em graça!
“ O
amor é a asa veloz que
Deus deu à alma
Para que ele voe
Até o
céu
(Michelangelo
Buonarroti)
Devido
a confiança que me tem, ele treplicou – sim,
estou.
E,
no desembaraçar da estória, ea, arrebatou-me para os meados de 83. Como ele,
eu também era um miúdo responsável, sempre dizia a minha mãe aonde ia e onde ia
estar. A rapaziada retrucava – tens sempre
que dizer a tua mãe onde estais? Sim, porque não? Se ela precisar de algo ou eu
ela saberá onde estou, fica mais fácil, enfim.
Hoje,
foi um daqueles dias, que na história de vida de um jovem, marca tanto, que
chega a lembrar-se dele, quando adulto, por conta Dela.
Sabe
aquele primeiro amor? A primeira paixão?…
Pois
é! Isso me aconteceu também. Ela – ela era tudo, charmosa, sensual, com quem
sonhava.
Eu
sempre cumpria meus horários. Disciplinado por norma, educação. Porém, eis que
chega aquele dia, em que o espetáculo da vida acontece. Roubei-lhe o beijo.
Tinha
dito a mim mesmo que; de hoje não passa. Aconteça o que acontecer, beijá-la-ei.
E assim foi, ela aceitou.
Pensei que
nunca fostes ter coragem – disse ela. E eu não mais parei.
Neste
dia cheguei tarde a casa. Mamãe, carinhosamente como sempre – então meu querido, onde andas-te? Passa da
hora.
Disse
eu – mãe, sabe aquele dia, que tiveste
aquela oportunidade, que não podias deixar passar? Foi hoje.
Ela riu e mandou-me para o banho – eu não lavo, respondo- lhe – esta boca hoje, eu não lavo de jeito, maneira
nenhuma minha senhora. E nada mais disse.
Passou-me
este filme todo pela cabeça, no decorrer da prosa. Deixei-o a porta de casa,
Felicitei-o pela conquista, oferece-lhe minha força se o mesmo precisar de
álibi em qualquer situação em casa, porém não se fazia necessário. Ele
agradeceu e nos despedimos.
Embora
passemos, muitas vezes, por situações de inquietude, a cerca de tudo, com os
dias que correm. Nada como “ o beijo do primeiro amor” da primeira paixão, para
nos fazer lembrar que o melhor da vida esta nas coisas mais simples, como um
beijo.
Simplicidade acima de tudo!!
ResponderExcluir... simples assim!! ;-)
Excluir