A comunicação nos relacionamentos é uma ferramenta indispensável
para a construção do bem-estar psíquico do indivíduo. Esta peça é condição sine
qua non (sem a/o qual não pode ser) para o fortalecimento das necessidades,
troca de ideias, ideais, opiniões e ponto de vista; ao mesmo tempo é algo
complexo e exige um exercício de paciência, autocontrole e, acima de tudo, uma
vontade extrema de construir a relação, a partir de uma perspectiva humanista.
Os indivíduos em sociedade são educados desde cedo sobre
o direito de resposta e exposição de ideia antes de atacar compulsivamente o
seu próximo. Atuando individualmente ou em pequenos, é essencial a habilidade
pessoal para enviar, receber e interpretar as informações com precisão na
fidelidade e força da palavra.
Para a compreensão do outro, o homem precisa de ser
entendido e de entender os demais. Nos relacionamentos, a comunicação não é
transparente (no sentido lato da palavra), pois cada cônjuge interpreta as
situações quotidianas, de acordo com as suas experiências pessoais,
preconceitos, estereótipos, crenças, desejos e sentimentos.
Quando, por exemplo, um dos cônjuges exprime as suas
ideias sobre determinado assunto, o outro (a) mantém uma expectativa: Será que
ele (a) vai lembrar que sou importante? Se ele (a) pensa isso, é porque
realmente não gosta de mim! Ele (a) deve agir propositadamente para me magoar!
Deste modo, aquilo que o cônjuge contar, a mensagem
expressa é somente uma parte da comunicação, pois ela pode ser entendida e
recebida pelo outro (a) de maneira diferente. Pode, por vezes, moldar-se um
cenário imaginário, antes mesmo de o outro (a) terminar o seu raciocínio. Este
processo ocorre, a maior parte das vezes, de forma inconsciente, e o indivíduo
sente-se incapaz de controlar tais pensamentos.
Em outras palavras, pode-se dizer que a ansiedade casual
antes de qualquer troca expressiva domina as ações, os pensamentos, os ideais e
as frases de quem escuta.
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