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segunda-feira, 3 de fevereiro de 2014

Das Paixões

“As “Paixões” são como um cavalo que é útil quando governado e um perigo quando governa.  Reconhecei, pois, que uma paixão se torna perniciosa no momento em que a deixais de governar e quando resulta num prejuízo qualquer para vós ou para outro.”


  As paixões são alavancas que duplicam as forças do homem e o ajudam a cumprir os desígnios da Providência. Mas, se em vez de as dirigir, o homem se deixa dirigir por elas, cai no excesso e a própria força que em suas mãos poderia fazer o bem, recai sobre ele e o esmaga.

  Todas as paixões têm seu princípio num sentimento ou uma necessidade da Natureza. O princípio das paixões não é portanto mal, pois repousa sobre uma das condições providenciais de nossa existência. A paixão propriamente dita é o exagero de uma necessidade ou de um sentimento; está no excesso e não na causa; e esse excesso se torna mal quando tem por consequência algum mal.

  Toda paixão que aproxima o homem da Natureza animal o afasta da Natureza espiritual.

  Todo sentimento que eleva o homem acima da Natureza animal anuncia o predomínio da Alma sobre a matéria e o aproxima do melhor.




  “As “Paixões” são como um cavalo que é útil quando governado e um perigo quando governa.  Reconhecei, pois, que uma paixão se torna perniciosa no momento em que a deixais de governar e quando resulta num prejuízo qualquer para vós ou para outro.”


Ilídio Lima, por ‘Douta Ignorância’

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