Em tempo, ao
receber um e-m@il com o assunto: Todo mundo explica e a menina dança! Vide
anexo. (Vídeo - Marcelo Gleiser - A nossa história da criação -Fronteiras do
Pensamento)
Respondi
acrescentando no campo assunto – “Vamos dançar juntos; digo, vamos pensar
juntos?!”
“O progresso
não conhece obstáculos, os artigos de fé equivaleram a estagnações isoladas. Se
conseguiram satisfazer à Humanidade em um período mais ou menos remoto da sua
evolução, caducaram desde que o laboratório obscureceu a sacristia.”
Em tempo, a
Ciência desvendou ao espírito humano as perspectivas inconcebíveis do Infinito,
com apenas um telescópio descobriu a grandeza do Universo, e os novos
conhecimentos cosmogônicos demandaram outra concepção do Criador. Desvendando,
paulatinamente, as sublimes grandiosidades da natureza invisível, a Ciência
embriagou-se com a beleza de tão lindos mistérios e estabeleceu o caminho
positivo para encontrar Deus, como descobrira o mundo microbiano, ao preço de
acuradas perquirições. É que a Divindade das religiões vigentes era defeituosa
e deformada pelos seus atributos exclusivamente humanos; as Igrejas estavam
acorrentadas ao dogmatismo e escravizadas aos interesses do mundo.
Porém, no
tocante às coisas evidentes, a opinião dos sábios é justamente diga de fé,
porque eles as conhecem mais e melhor que o vulgo. Mas no tocante a princípios
novos, as coisas “desconhecidas”, a sua maneira de ver não é mais do que
hipotética, porque eles não são mais livres de preconceitos que os outros. (Na
ausência dos factos, a dúvida é a opinião do homem prudente) Consultarei,
portanto, de bom grado e com “absoluta confiança”, um químico sobre um questão
de análise, um físico sobre a força elétrica; um mecânico sobre a força motriz;
mas eles me permitirão, sem que isto afete a estima que lhes devo por sua
especialização, que não tenha em menor conta a sua opinião negativa sobre o PIE
(PIE = Principio Inteligente por Excelência = Cristo) do que a de um arquiteto
sobre questões de música. Disse o Mestre - “Eu sou o caminho, a verdade e a
vida; ninguém vai ao Pai senão por mim.” Jo, 14:6”
Por que digo
isto? - Em tempo, na Pérsia o primeiro Zoroastro, três milênios antes do
divino, já o anunciava a seus discípulos dizendo:
- “Oh! Vós,
meus filhos, que já estais avisados do Seu nascimento antes que qualquer outro
povo; assim que virdes a estrela, tomai-a por guia e ela vos conduzirá ao lugar
onde Ele – o Redentor – nasceu. Adorai-O e ofertai-Lhe presentes, porque Ele é
a Palavra – O Verbo – que formou os céus.” (NT. Elena P. Blavatskaya – Liv.
Ísis sem Véu)
Rezam as
tradições do mundo, que na direção de todos os fenômenos do nosso sistema
existe uma Comunidade de Puros e Eleitos pelo Senhor Supremo do Universo, em
cujas mãos se conservam as rédeas diretoras da vida de todas as coletividades
planetárias. Essa Comunidade de seres angélicos e perfeitos, da qual é Jesus
Cristo um dos membros divinos, ao que nos foi dado saber. (“Deus, por Jesus
Cristo, criou todas as coisas.” – Paulo, em sua epístola aos Efésios, 3:9,)
Não é de meu
propósito trazer à consideração dos estudiosos uma nova teoria da formação do
mundo. A Ciência de todos os séculos está cheia de apóstolos e missionários.
Todos eles foram inspirados ao seu tempo, refletindo a claridade das Alturas,
que as experiências do Infinito lhes imprimiram na memória, e exteriorizando os
defeitos e concepções da época em que viveram, na feição humana de sua
personalidade.
Inspirados
do PIE nos penosos esforços da verdadeira civilização, as suas ideias e
trabalhos merecem o respeito de todas as gerações da Terra, ainda que as novas
expressões evolutivas do plano cultural das sociedades mundanas tenham sido
obrigadas a proscrever as suas teorias e antigas fórmulas.
Que força
sobre-humana pôde manter o equilíbrio da nebulosa terrestre, destacada do
núcleo central do sistema, conferindo-lhe um conjunto de leis matemáticas,
dentro das quais se iam manifestar todos os fenômenos inteligentes e harmônicos
de sua vida, por milênios de milênios?
“Humanidade,
Humanidade! Não mergulhes mais o teu sombrio olhar nas profundezas da Terra,
discorrendo erros. Chora, espera, expia e refugia-te no pensamento de um Deus
infinitamente bom, absolutamente poderoso e essencialmente justo.” – Platão.
(Nunca fui condenado pelo que eu fiz)
“Distando do
Sol cerca de 149.600.000 quilômetros e deslocando-se no espaço com a velocidade
diária de 2.500.000 quilômetros, em torno do grande astro do dia, imaginemos a
sua composição nos primeiros tempos de existência, como planeta. Laboratório de
matérias ignescentes, o conflito das forças telúricas e das energias
físico-químicas opera as grandiosas construções do teatro da vida, no imenso
cadinho onde a temperatura se eleva, por vezes, a 2.000 graus de calor, como se
a matéria colocada num forno, incandescente, estivesse sendo submetida aos mais
diversos ensaios, para examinar-se a sua qualidade e possibilidades na
edificação da nova escola dos seres. As descargas elétricas, em proporções
jamais vistas da Humanidade, despertam estranhas comoções no grande organismo
planetário, cuja formação se processa nas oficinas do Infinito. Na grande oficina
surge, então, a diferenciação da matéria ponderável, dando origem ao
hidrogênio. As vastidões atmosféricas são amplo repositório de energias
elétricas e de vapores que trabalham as substâncias torturadas no orbe
terrestre. O frio dos espaços atua, porém, sobre esse laboratório de energias
incandescentes e a condensação dos metais verifica-se com a leve formação da
crosta solidificada. É o primeiro descanso das tumultuosas comoções geológicas
do globo. Formam-se os primitivos oceanos, onde a água tépida sofre pressão
difícil de descrever-se. A atmosfera está carregada de vapores aquosos e as
grandes tempestades varrem, em todas as direções, a superfície do planeta, mas
sobre a Terra o caos fica dominado como por encanto. As paisagens aclaram-se,
fixando a luz solar que se projeta nesse novo teatro de evolução e vida. As
mãos de Jesus haviam descansado, após o longo período de confusão dos elementos
físicos da organização planetária.” (Trecho do Liv. – In Semita Quod Lux)
O Divino
Escultor! Sim, Ele havia vencido todos os pavores das energias desencadeadas;
com as suas legiões de trabalhadores divinos, lançou o escopro da sua
misericórdia sobre o bloco de matéria informe, que a Sabedoria do Pai deslocara
do Sol para as suas mãos augustas e compassivas. Operou a escultura geológica
do orbe terreno, talhando a escola abençoada e grandiosa, na qual o seu coração
haveria de expandir-se em amor, claridade e justiça. (Por isso, A Paixão!) Com
os seus exércitos de trabalhadores devotados, estatuiu os regulamentos dos
fenômenos físicos da Terra, organizando lhes o equilíbrio futuro na base dos
corpos simples de matéria, cuja unidade substancial os espectroscópios terrenos
puderam identificar por toda a parte no universo galáctico. Organizou o cenário
da vida, criando, sob as vistas de Deus, o indispensável à existência dos seres
do porvir. (Por Cristo, Com Cristo, Em Cristo)
Daí a algum
tempo, na crosta solidificada do planeta, como no fundo dos oceanos, podia-se
observar a existência de um elemento viscoso que cobria toda a Terra. Estavam
dados os primeiros passos no caminho da vida organizada. Com essa massa
gelatinosa, nascia no orbe o protoplasma e, com ele, lançara Jesus à superfície
do mundo o germe sagrado.
Sem o Verbo
não há essa criação, porque ela, não se concretizando na forma, é como se não
existisse; permaneceria como pensamento divino irrevelado, no campo da
existência abstrata. (E João Evangelista muito bem esclareceu: “No princípio
era o Verbo, e o Verbo estava com Deus e o Verbo era Deus.” Todas as coisas
foram feitas por Ele, e sem Ele, nada do que foi feito se fez. – Jo, 1:3)
Ora, para a
criação da Terra o Verbo foi e é o Cristo. (Por isso é que o Mestre disse: -
“Eu sou o caminho, a verdade e a vida; ninguém vai ao Pai senão por mim.” Jo,
14:6)
Assim, pois,
formam-se os mundos, seres e coisas, tudo pela força do Verbo, que traduz o
pensamento criador, segundo as leis que esse mesmo pensamento encerra. Se sei
do que digo!
Contudo,
meus melhores cumprimentos e um fraternal abraço,
Ilídio Lima,
por ‘Douta Ignorância’.
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