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sexta-feira, 14 de março de 2014

Ergo sum


"O erro de Descartes": ergo sum. Em vez da plenitude da razão, abre-se espaço para a ética das emoções. O “Penso, logo existo”, que até então era pedra fundamental para o pensamento racional, de repente, tornou-se erro.

As pessoas tomam decisões e nem sempre são pautadas somente pela racionalidade ou pela razão. O que pensar de um indivíduo capaz de atentar contra a vida de outro e dizer “foi por amor”? É possível que muitos digam “Ele (ou ela) não pensou no que estava fazendo”. Seria a razão a responsável pela tomada de decisão e o fator determinante para as consequências esperadas ou rejeitadas.

Uma justificativa para grandes crimes, sem a necessidade de individualizar um ou outro, é a defesa alegar que o réu não estava no domínio de sua razão, o que teria prejudicado sua tomada de decisão e o levado a cometer este ou aquele crime.

Nossa vida comum e cidadã é frequentemente afetada por esse discurso, já que se desvinculam a emoção e o sentimento da razão. São promovidos determinados comportamentos em detrimento de outros, assim como se justificam atos pela presença ou falta da razão.

São notícias, comentários, por vezes uma justificativa para um comportamento que consideramos inadequado e lá se vai mais uma culpa para as emoções e mais um ponto para a razão. Expressão da chamada postura cartesiana – alcança o homem e o reduz.

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