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segunda-feira, 31 de março de 2014

Nestlé Waters World


A Nestlé Waters anunciou a aquisição da fonte de água mineral Vale do Sol e de seus ativos, localizados no município de Silva Jardim, na Região dos Lagos (RJ).
Este projeto engloba um investimento total de R$ 117 milhões, que vai garantir a sustentabilidade e o crescimento do negócio de águas da Nestlé no mercado brasileiro, principalmente no estado do Rio de Janeiro, onde a companhia já possui a Água Mineral Petrópolis.

"Esta aquisição vai possibilitar a consolidação da nossa posição de líder no Rio de Janeiro, em grandes redes de supermercado, com participação de 30%, e acelerar o crescimento em um dos principais polos para o mercado de águas no Brasil"

As águas turvas da Nestlé: Se a grande imprensa brasileira, misteriosa e sistematicamente, vem ignorando o caso, o mesmo não ocorre na Europa, onde o assunto foi publicado em jornais de vários países, além de duas matérias de meia hora na televisão.

Há alguns anos, a Nestlé vem utilizando os poços de água mineral de São Lourenço para fabricar a água marca PureLife. Diversas organizações da cidade vêm combatendo a prática, por muitas razões. As águas minerais, de propriedades medicinais e baixo custo, eram um eficiente e barato tratamento médico para diversas doenças, que entrou em desuso, a partir dos anos 50, pela maciça campanha dos laboratórios farmacêuticos para vender suas fórmulas químicas através dos médicos. Mas o poder dessas águas permanece. Médicos da região, por exemplo, curam a anemia das crianças de baixa renda apenas com água ferruginosa. Estes Crimes da Nestlé são acobertados por autoridades e imprensa brasileira.

Para fabricar a PureLife, a Nestlé, (não só encontrado na PureLife e não só Nestlé) sem estudos sérios de riscos à saúde, desmineraliza a água e acrescenta sais minerais de sua patente. A desmineralização de água é proibida pela Constituição.

Cientistas europeus afirmam que nesse processo a Nestlé desestabiliza a água e acrescenta sais minerais para fechar a reação. Em outras palavras, a PureLife é uma água química. A Nestlé está faturando em cima de um bem comum, a água, além de o estar esgotando, por não obedecer às normas de restrição de impacto ambiental, expondo a saúde da população a riscos desconhecidos. O ritmo de bombeamento da Nestlé está acima do permitido. A Nestlé Waters tem 75 marcas de água espalhadas pelo mundo todo.

Apesar de o número de empresas de grande porte ser bastante reduzido no mercado de águas minerais, destacam-se no cenário nacional três grupos com plantas espalhadas por diversos estados brasileiros. São eles:

- Grupo Edson Queiroz, que através das marcas Indaiá e Minalba mantém a liderança do mercado brasileiro, com mais de 20 fontes distribuídas em 15 estados, entre eles Alagoas, Bahia, Ceará, Distrito Federal, Goiás, Maranhão, Minas Gerais, Pará, Paraíba, Pernambuco, Rio Grande do Norte, Sergipe e São Paulo.

 - Grupo Primo Schincariol, com plantas em São Paulo, Maranhão, Bahia, Rio de Janeiro, Goiás e Pernambuco.

 - Nestlé Waters Brasil, com plantas em Minas Gerais, Rio de Janeiro e São Paulo.
Nestlé Waters, maior grupo de envase de água do mundo, responsável por oito marcas na Itália, 10 na França e oito nos Estados Unidos, passou a dedicar seus investimentos no Brasil em 1999, na água Pure Life, uma água adicionada de sais, fato que gerou uma importante inovação no mercado interno com aparecimento dessa nova proposta. Essa empresa plurinacional iniciou suas captações através da compra do grupo francês Perrier, maior acionista do Parque de Águas de São Lourenço. Responsável pelo envase da água Petrópolis no estado do Rio de Janeiro, no final de 2007 adquiriu os direitos minerários de ASB Bebidas e Alimentos Ltda. no município de Águas de Santa Bárbara (SP), onde envasa a marca Pureza Vital, com a qual pretende aumentar a sua participação no mercado brasileiro. A Nestlé Waters do Brasil, utilizando um total de quatro poços, participou em 2008 com 1,62% do mercado brasileiro.

 O Grupo Danone, empresa francesa com sede em Paris, está presente no Brasil na área de alimentos com o iogurte Danone desde 1970, mas só no final de 2008 iniciou investimentos em água mineral. Apesar de não possuir direitos minerários em território brasileiro, investiu na empresa Icoara Ind. e Com. de Águas S.A., instalada em Jacutinga (MG), e desde agosto de 2009 é responsável pelo envase da água mineral Bonafont, em embalagens de 500, 1.500 e 5.000 ml. Essa água, proveniente de apenas uma fonte, vem sendo distribuída em cidades da região do sul de Minas Gerais e do estado de São Paulo. Por ter iniciado sua produção em 2009, não consta ainda nas estatísticas brasileiras de água mineral.

O mercado brasileiro de águas envasadas difere do mercado internacional europeu e norte-americano por dois motivos:
1) As águas envasadas no Brasil, em quase sua totalidade, são águas classificadas como minerais (89,8%)5 e potáveis de mesa (10,2%).
2) Os grandes grupos empresariais transnacionais, como Nestlé Waters, Danone, Coca-Cola Company e Pepsico, que somados controlam mais de 50% do mercado de água envasada no mundo, aqui no Brasil participam com apenas 4,14%.

Dessa forma, enquanto que em nível internacional gigantes da indústria de alimentos (como a Nestlé e a Danone) são detentoras das marcas mais vendidas de água envasada em diversos países dos cinco continentes, no Brasil o mercado continua pulverizado, com inúmeras micro, pequenas e médias empresas nacionais.

É certo que, com a aquisição pela Nestlé Waters Brasil da água Santa Bárbara (SP) e com os investimentos e o início da produção da água Bonafont da Danone - agosto de 2009, em Jacutinga (MG) -, o mercado de água mineral envasada no Brasil deverá, a partir de 2010, sofrer alterações significativas; e o capital estrangeiro, que até 2008 mantinha uma participação ainda tímida no mercado brasileiro, hoje, tem o Monopólio da água no Brazil e no Planeta.

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